Parece
que as pessoas e os parceiros afetivos, tanto homens como mulheres, estão se
esquecendo de que as relações humanas precisam ser nutridas e adubadas todos os
dias para se manterem vivas, essa não parece ser uma tarefa impossível, pois há
de se praticar os exercícios naturais de constantes carícias como o abraço,
palavras carinhosas de incentivo e aceitação do outro.
A
carícia significa toda a manifestação humana física, verbal ou gestual que
transmita a outra pessoa uma sensação de bem estar, aceitação e reconhecimento.
Uma manifestação que demonstre o quanto ela é importante para você. Melhor do
que falar sobre carícias é recebê-las ou praticá-las.
Os
estudos vêm demonstrando que a falta ou a insuficiência de carícias tem enorme
influência no bem estar, até mesmo na saúde física e mental das pessoas.
Fenômeno esse que começa nos primeiros anos de vida. Especialistas são unânimes
em afirmar que a criança precisa tanto de estímulos físicos quanto de
alimentos. Sem os toques e carícias, ela provavelmente acabará sofrendo de
alguma debilidade mental e poderá até morrer por sentir-se rejeitada, caso seja
privada dessas relações físicas.
Segundo
o filósofo e psiquiatra canadense Eric Berne (1910-1970), criador da “Análise Transacional”, ele acredita que
exista na nossa estrutura corporal uma cadeia biológica que leva da privação
emocional e sensorial a mudanças degenerativas e até a morte por causa da
apatia. Neste sentido, as fomes de contato físico, de abraços e de aconchego
têm a mesma relação com a sobrevivência de um organismo humano quanto à fome de
alimento.
Portanto,
o livro “O Tocar”, escrito pelo
antropólogo e humanista inglês Ashley Mantagu (1905-1999), nos mostra o
fantástico valor psicológico, salutífero, social e afetivo do contato físico. O
livro fala da importância da envolvência, carinho e contato como ações que
estimulam a idade vital. Contudo, o contato físico é o melhor estímulo
conhecido para a defesa do sistema imunológico que são as trocas de carícias
bem feitas e bem recebidas. De modo que para o pesquisador, o melhor remédio
para aliviar o stress são as carícias, entre elas o abraço prolongado.
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