Se o
poeta pudesse fazer um pedido, para seu santo de devoção, seria para nunca
precisar sentir saudades de quem está por perto. Ele ama pelo prazer que tem e
que da quando está nos braços desse amor. Não quer mais nada além de viver essa
experiência de amar muito. Se alguém está insatisfeito e com dificuldade para
viver o amor, isso é bom, pois pode ser o primeiro passo na descoberta do amor
que tanto necessitamos.
Saudade
de um amor que está por perto, nada faria mais feliz ao poeta do que poder
olhar nos olhos da amada, tocar a sua pele, tê-la em seus braços e matar a
saudade dos teus lábios. Mas, o poeta se contenta só de receber teu abraço
acolhedor, talvez para sentir-se protegido. Mandar a saudade embora é seu
desejo. Se desejar amar é claro que deve mover-se para o amor. Quem inventou
essa tal distância, não avaliou o quanto dói uma saudade. Isto só serve para
nos ensinar alguma coisa.
Não
pode haver amor, onde não há confiança. A saudade serve para despertar o
desejo de amar. Ao ouvir a voz da amada, ao mesmo tempo em que fortalece o poeta
ela lhe mata. Vivendo entre dias e noites na saudade fortalecida apenas, pelo
fato da amada existir. Enfraquecido por estar tão longe da amada, o poeta sonha de
olhos abertos, enquanto ela dorme. Mas, o poeta tenta tocá-la em seus
devaneios, sentir seu cheiro, mas, o muito que ele consegue é respirar o mesmo
ar que a amada respira e contempla a lua que a ilumina.
Portanto,
a saudade que machuca as vezes também consola, para suprir a ausência desse
amor, que para o poeta é um castigo, sofrer por um amor que está tão perto.
Enquanto ela vai a saudade fica com o poeta que declara: “é tão curto o amor, e é tão longo o seu esquecimento”. Ele lembra
quantas noites a teve em seu braços. A alma do poeta não se contenta em não
tê-la mais. Se o amor está tão perto, por que a saudade insiste?
Inspiração linda !
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