Na
medida em que são alcançados os objetivos da educação integral, ou seja, na sua
totalidade, o aluno não está apenas se preparando para a vida, mas também
adquirindo habilidades e conhecimentos que serão úteis para sua formação
profissional. A educação, enquanto processo integral é necessário para a
aprendizagem dos conhecimentos e habilidades inerentes ao domínio de uma
ocupação qualificada. Porém, é importante refletir quanto à qualidade e a
natureza da educação que se pretende oferecer. Não basta proporcionar apenas
quantidade, principalmente em uma educação acadêmica. O que importa é seu caráter
instrumental no sentido de propiciar ao aluno um melhor desempenho no trabalho,
assim como na vida social.
A
educação escolar deverá ser organizada de modo que a educação integral
desenvolvida cumpra essa função: que é proporcionar ao aluno o domínio de
conhecimentos, princípios gerais, básicos, e teóricos. Sobretudo, no sistema
educacional brasileiro que a educação tem como fim a compreensão dos direitos,
dos deveres da pessoa humana, do cidadão, do Estado, da família e dos demais
grupos que compõem a comunidade. Palavras não são eficientes, se elas não forem
o transbordamento espontâneo da vivência do educador. O “ser” é a alma, o “dizer”
é apenas o corpo da verdadeira pedagogia. Assim como a alma gera o corpo do
homem e lhe da à vida, assim o ser do educador da vida e poder a todo o seu
dizer ou ensinar.
Tendo
em vista, que a Constituição estabelece como objetivo na área do ensino
fundamental e médio: proporcionar ao educando a formação necessária para o
desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de auto-realização,
preparação para o trabalho e para o exercício consciente de sua cidadania. Da
forma como está organizado e funcionando o sistema escolar, ele não oferece
condições para que o aluno alcance estes objetivos. O que se observa é que
muitos não chegam nem a concluir o ensino fundamental e aqueles que terminam o
ensino médio não atingem uma formação efetiva a partir dos objetivos propostos
na Constituição. Ou por negligência da escola, ou por falta de motivação do
aluno e descrença da família na educação pública.
Conclui-se,
que tanto a escola como a família devem estar integradas, fazendo parte de um
processo global para que possa contribuir de forma efetiva no desenvolvimento
integral do discente. A escola precisa rever a sua função e reconhecer onde
está inserida para que possa, de fato, produzir autor e atores competentes e capazes
de mudar a situação em que o país se encontra, colocando os objetivos gerais, e
não apenas os específicos, como finalidade. Nesse sentido, será uma agente de
transformação e não apenas uma reprodutora da sociedade que aí se encontra. Contudo,
se não acordarmos e trilhar pelo caminho da educação, cada um vai ter o destino
que merece.