Todos
os grandes pensadores da humanidade, sempre se referiram ao sagrado feminino
com inferioridade e desdenho, como se a mulher existisse somente para procriar
e servir ao seu senhor. O caminho percorrido para que as mulheres chegassem até
os nossos dias em iguais condições com os homens e assim ser reconhecida, foi
uma luta árdua e penosa.
Todavia,
para a filosofia Tantra Hindu, a mulher é considerada a sacerdotisa por ensinar
aos homens de boa vontade a arte do amor. Porque só a mulher é capaz de sentir
prazer em qualquer parte do corpo, com muito mais intensidade do que qualquer
homem. Não é a toa que na filosofia tântrica ela é considerada professora do
amor romântico por tamanha capacidade de intimidade amorosa com o seu homem.
Dizer
que é a mulher quem conduz e dita o ritmo durante o sexo tântrico é uma
redundância e uma afronta para os machões de plantão. Desde a paquera até a
cama quem dita às regras sempre foi mulher. As mulheres sabem da
suscetibilidade sexual dos homens.
Talvez
seja esse um dos pontos críticos do Tantra Hindu, saber prolongar o prazer
sexual. E isso tem despertado muita estranheza nas pessoas e principalmente nos
homens que precisam aprender a conter a ejaculação. Para quase todos os homens
esse controle parece impossível, antinatural, muito desagradável.
Na
hora da cama, do sexo, um número significativo de homens vira meio bicho,
afoito e o orgasmo é o estímulo final a ser alcançado. Invariavelmente a mulher
é obrigada a fingir orgasmo só para agradar o seu parceiro que reclama caso ela
não sinta algum prazer.
Com
o sexo tântrico não é assim que acontece. Aqui o sexo não é praticado visando o
orgasmo e o que interessa é atingir um estado de consciência maior sobre o
corpo do outro. A prática não quer apenas potencializar o orgasmo e
intensificar o prazer. É muito mais que isso é espantar a afobação ao
concentrar e espalhar a energia sexual pelo corpo inteiro.
Entretanto,
a mulher por natureza é Tantra. Tendo em vista que uma relação sexual comum
dura em média quinze minutos e quatro segundo de orgasmo. Tanto barulho pra
nada. No sexo tântrico ela dura no mínimo duas horas. Caso dure menos de uma
hora é considerado ejaculação precoce.
No
entanto, o sexo tântrico tem uma duração mínima, mas não tem uma duração
máxima. Aqui a ejaculação é considerada um desperdício de energia vital e por
isso deve-se aprender a adiá-la. Se experimentar um ciclo sexual demorado, se o
aceito e aproveito, posso dizer que estou me fazendo tântrico.
Se
acompanhar o desenvolvimento natural da sexualidade, se a deixei amadurecer no
sentido de ir aprendendo com ela, em vez de fixá-la em um padrão único e
monótono, torna-me tântrico mesmo sem pretender ser, e mesmo sem treinamento.
A
sexualidade também amadurece com o tempo e pode ser aprendida, claro que evidentemente
se o indivíduo conquistar liberdade e condições para isso. Todavia, o mais
difícil é vencer os incríveis preconceitos que existem em torno desse assunto
sexualidade. Se o indivíduo se livrar de tudo o que é dito sobre o
envelhecimento sexual, então qualquer pessoa, tanto homem quanto a mulher chega
quase naturalmente ao Tantra.
Todavia,
podemos concluir que a mulher está anos luz na frente do homem na questão da
sexualidade. Estando a mulher num clima amoroso de muita excitação, ela é capaz
de sentir prazer em qualquer parte do corpo ao contrário de muitos homens que
são diretos e precários no momento da relação amorosa.
Portanto,
não existe mulher fria, existe homem incompetente ou, o que é mais triste
ainda, homem desinteressado. Assim como também não existe homem impotente,
existe mulher incapaz de despertá-lo ou desinteressada. Lembrando que só o
contato amoroso pode nos salvar através do prazer concreto, cutâneo, sensorial
e afetivo.
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