Sinto
e observo um caminhar lento, inseguro, displicente, que um dia já se manteve
firme, determinado, capaz de enfrentar o mundo. Sinto e ouço palavras
balbuciadas, dificultosas, contarem histórias que fazem rir, chorar,
contrariar, emocionar, mas que, um dia, foram dose certa de amor, esperança,
continuidade.
Sinto
e entendo naquele olhar distantes, saudades de tempos que não voltam e
experiências que se eternizam dentro desse olhar. Sinto e recebo o abraço
tímido sem força física, mas que já foi fortaleza, única fonte de segurança para
um outro alguém.
Sinto,
observo, ouço, entendo. É a vida de muitas manhãs, inúmeras noites, infinidade
de emoções, de trajetos insistentes e corajosos que os fizeram chegar até aqui
para que eu pudesse observar, ouvir, entender, receber e sentir a vida de
verdade! Como disse Arnaldo Antunes, numa de suas músicas: “não quero morrer, pois quero ver como será
que deve ser envelhecer”.
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