5 de novembro de 2023

SOU UM SER DE AMOR, QUE EU VIVA SOB ESSA DOR

Que passem os minutos, dias e anos. Todas as estações do tempo. Que eu viva, qual tolo, todas as ilusões pueris de sentimento. Sou um ser de amor, em todas as épocas, em todo momento. Que passem as águas por muitas pontes e que debruce a saudade por muitas serras e montes, sou um ser de amor e sempre amarei, como se fosse a primeira vez e única, apesar das tantas aventuras!

Ainda além deste céu, nas alturas. Eternamente. É ter na mente. Ainda que outro alguém o tenha entre lençóis confidentes, mesmo que os beijos sejam molhados e quentes, à parte, nossa alma vaga enamorada, sobre qualquer prazer da carne ou qualquer entrega fugaz. Eternos, apaixonados.

Sou um ser de amor, sob qualquer dor que me pese o orgulho ferido, o despeito revolvido. Sobre qualquer punhalada em meu coração, sobre qualquer distância a nós imputada. Porque sei, amor de mim, que ainda assim. Não é pequeno o nosso comprometimento. Ah! Soubessem todos os tamanhos. Pobre carne, pequeno tempo.

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