Arthur
Schopenhauer (1788-1860) foi um filósofo alemão do século XIX,
considerado pessimista e sombrio. Para ele, a solidão e a capacidade de bastar-se
a si mesmo, são uma das qualidades mais valiosas para a felicidade de um
indivíduo. Até aí não nenhuma objeção.
A
grande obra de Schopenhauer é composta de quatro volumes: o primeiro livro é
dedicado à “Teoria do Conhecimento”,
o segundo, à “Filosofia da Natureza”,
o terceiro à “Metafísica do Belo”, e
o quarto à “Ética”. Argumentava ele
que: "Grandes homens são como as
águias - constroem seus ninhos na solidão elevada".
Segundo
Schopenhauer, viver é sofrer, e não ache que exista uma entidade superior, um Deus
que ordenou tudo e que dá um sentido para a nossa vida. Para ele o que nos move
é a nossa “vontade”. Ela é uma
espécie de essência do ser humano, uma energia que está para além da
racionalidade. É como se fosse uma energia que nos move a viver e nos
impulsiona, lançando-nos no mundo para que possamos fazer o que fazemos e ser o
que somos.
Isso
nos faz ser únicos. O mundo é a nossa representação. Ninguém vê o mundo como o
outro vê, e de certa maneira, estamos presos em nossas representações. Essa vontade
que nos faz viver desperta em nós desejos, e quando vamos em busca dos mesmos,
e o que pode saciá-los é a satisfação e o prazer do encontro.
Porém,
quando olhamos para o mundo, para nossa representação nada pode saciar, e a
vida tornar-se uma constante oscilação entre a ânsia de ter e o tédio de
possuir. E a vida é isso; um ciclo que se repete uma frustação? Se não tem Deus,
não tem sentido, não tem satisfação, e o que nos resta então? É assim que o
filósofo alemão em pleno século XIX, via o mundo.
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