Existem
pessoas que gostam de ser o centro das atenções, que gostam de estar rodeadas
de amigos e se sentirem admiradas pelos outros. Isso não necessariamente é um
problema, mas existem casos em que esse gosto por se destacar se torna uma
necessidade, o que pode ser bem preocupante. Trata-se do transtorno de personalidade
histriônica (TPH), caracterizado por essa necessidade de chamar a atenção,
frequentemente acompanhada de um forte apelo sexual, e uma emocionalidade
exagerada e difusa.
Pessoas
que sofrem desse transtorno geralmente dão muita ênfase à sua aparência,
vestindo-se de forma provocativa ou sedutora. São pessoas altamente
sugestionáveis que, não raramente, agem de forma submissa com a finalidade de
chamar a atenção.
O
transtorno pode causar muito sofrimento para quem é acometido por ele, pois
facilmente a pessoa se torna emocionalmente dependente dos outros, chegando a
desenvolver estratégias de manipulação e chantagem emocional para manter os
outros interessados. Além disso, os comportamentos sedutores não se restringem
apenas aos interesses amorosos, acontecendo também em contextos inadequados,
como no trabalho, durante atividades ocupacionais, entre outros.
Na
fala, pessoas com esse transtorno costumam dramatizar bastante, contando
histórias impressionistas que podem faltar em detalhes, dando opiniões sem
conseguir embasá-las. Em situações sociais, podem ser facilmente vistos como a
“alma da festa”. Demonstram suas emoções de maneira dramática e exagerada, mas
também parecem “ligar e desligar” as
emoções rapidamente, como se nada tivesse acontecido.
Em
geral, esses comportamentos se tornam aparentes no início da vida adulta.
Estudos epidemiológicos apontam que o transtorno atinge menos de 2% da
população e sugerem que é mais comum em mulheres. Contudo, há chances de
atingir homens em igual proporção, mas são poucos os que procuram ajuda por
isso.
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