Todo
amor demanda uma magia, uma mística que só os amantes sabem sentir e
compreender esse fenômeno. Custou muito para eu chegar a essa conclusão. Penso
que toda pessoa que ama deve dizer: “Amo pelo prazer que tenho quando estou ao
seu lado. Amo pelo desejo de viver esse mistério com você”. Não existe amor
onde não existe desejo e excitação, pois a mística do amor está no encontro dos
dois corpos. Não há explicação para o que acontece entre quatro paredes. Ambos
são tomados por uma atmosfera divina no momento do êxtase.
Não
há vontade de desistir desse abismo atraente, que soa insondável, que penetra
no proibido, que se esforça por segurar o impalpável amor e ver no invisível,
sentir a presença da divindade e, é nesse momento que se encontra o alívio
ilimitado transcendental desse amor.
Segundo
Leo Buscaglia, um dos maiores escritores acerca do Amor nos últimos tempos, que
coincidentemente faleceu aos 74 anos no dia dos namorados, 12 de junho de 1998.
Ele dizia que: “viver no amor é o maior
desafio da vida. Exige mais sutileza, flexibilidade, sensibilidade,
compreensão, aceitação, tolerância, conhecimento e força, muito mais que em
qualquer outro esforço ou emoção, pois o amor e o mundo de hoje atuam como se
fossem duas grandes forças contraditórias”.
Por
outro lado, a pessoa deve saber que só sendo vulnerável pode verdadeiramente
oferecer e aceitar amor. Ao mesmo tempo sabemos que se revelarmos através dessa
vulnerabilidade na vida diária, em geral corremos o risco de sermos explorados.
Quanto mais sensível for tanto o homem quanto a mulher, maior possibilidade
existe para uma frustração amorosa trágica e mortífera. Como dizia o poeta
Gonzaguinha: “há um lado carente dizendo
que sim. E essa vida da gente gritando que não”.
O
verdadeiro amor é algo cósmico, místico, único e sem repetição, esse tipo de
amor não se pode fazer aleatoriamente, uma segunda ou terceira edição, ele está
para além do nosso alcance, é algo que nos acontece e não está em nosso poder
fazer com que aconteça pela segunda ou terceira vez. Algo o partiu e como um
delicado cristal da alma que amava não há conserto. O verdadeiro amor não
aparece todos os dias ao gosto do consumidor, como imaginamos.
Portanto,
quem acredita na possibilidade de curar um amor arrumando outro, está
completamente equivocado. Isto só vem provar a horripilante superficialidade
com que tratava o amor anterior. Contudo, é no amor romântico que reside o
segredo da alegria que sempre acompanha a vida. A vida, quando plena, é
exuberante em alegria, por conta dessa mística do amor romântico, tende a fazer
com que enxerguemos que estamos em estado de alma gêmea, ligadas para sempre,
mesmo na distância.
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