Um
pai que ama seu filho põe limite e educa. Trata-se de um pai amoroso que educa
filhos para o mundo, preocupado com o seu futuro, os rumos que vão tomar na
vida. Todavia, os filhos são diferentes, cada um assimila de um jeito a vida.
Uns aceitam todos os ensinamentos, as exigências impostas pela sociedade.
Outros se rebelam e não aceitam padrões impostos. Adotam comportamento
totalmente contrário. Há filhos que dependem em tudo dos outros, não resolvem
nada sozinho. Há outros que fazem o que vem à mente, sem medir as
consequências, sem ligar para ninguém, pisando na sensibilidade alheia, se isso
for necessário para conseguir alguma vantagem.
Aos
pais compete orientar os filhos, mas sem dominá-los, permitir que deem suas
cabeçadas, mais sem perder a cabeça. Há um ditado popular que diz que é errando
que se aprende. Não o erro pelo erro, mas por algo de melhor que se pode tirar
dele, ensinando que é preciso também ter a coragem de se levantar após uma queda,
de tentar quantas vezes forem necessárias até acertar. Porque é melhor errar
uma, duas, três vezes até acertar, do que acertar sempre pela opinião dos
outros. É melhor ser criticado por estar fazendo alguma coisa, do que por não
fazer nada. Não há limite para que nós, pais, falarmos e orientarmos os filhos.
Devemos falar sempre, isto é, enquanto estivermos vivos e conscientes dos deveres de
pais.
Os
pais tornam-se colaboradores da obra do criador, são os seus primeiros e
fundamentais catequistas. Devemos pedir sempre a Deus que nos de força e ajuda
para que cumpramos bem a missão de sermos pais, porque não é fácil sozinho
educar uma filha adolescente. Tem que assumir as responsabilidades, compartilhar com os
filhos os cuidados, para que se sintam amados. Participar do seu crescimento.
Vibrar com seu primeiro sorriso, com seu primeiro passo. Ajudar os filhos nas
lições da escola, ensinando a pensar, estudar, pesquisar e gostar dos estudos.
Feliz com o primeiro sucesso, pelo primeiro namorado e, no caso do filho, pela namorada.
Estimular
para não desistir quando surgirem os primeiros obstáculos. Acreditar nos filhos
e dar condições para que eles desenvolvam a sua independência, sua autonomia e
segurança. Ajudá-los a superar as frustrações sendo seu melhor amigo. Colocar
no coração de seus filhos a semente de quem é Deus e seus ensinamentos,
ajudando-o para que essa semente possa encontrar um terreno fértil para nascer,
crescer e frutificar, gerar uma vida feliz com amor. Que todos os pais tenham
isso em mente para que o mundo possa ser melhor.
Penso
que uma família que se ama, que vivem como cristãos, numa convivência sadia,
com serenidade, vendo os filhos crescerem com uma mente tranquila, com boa
orientação no que diz respeito ao próximo, que só se faz dentro do lar onde
haja amor, harmonia e união, que são valores sagrados. Nossos filhos não irão
aprender a amar na escola, junto aos colegas, nem na televisão e muito menos
nas redes sociais. Aprenderão em casa, se os pais se amarem verdadeiramente,
porque amor se ensina amando, e eles então, conhecerão o amor de verdade.
Os
filhos que não conhecerem o amor no próprio lar, também não encontrão amor no
futuro lar. Serão incapazes de vencer as crises, porque sem amor nunca estarão
preparados para fazer um lar feliz. Eles podem ter sucessos profissionais,
sociais, políticos, mas em casa, com os seus futuros filhos ou familiares, não
terão união, afinidade, respeito, nem carinho; não vivem a paternidade de fato.
Ser
pai é um dom de Deus, é seu maior presente dado ao homem. É a maior realização,
a mais perfeita, a mais total, a única, eterna e magnífica que pode haver em
sua vida. É uma benção que não tem comparação. É ser cooperador com Deus,
porque também está criando, é o que existe de mais dignificante no homem, o
maior de todo o tesouro do mundo, que é perecível, enquanto que para ele os
filhos são eternos.
Portanto,
segundo a mitologia grega, encontrar o pai tem a ver com o encontro do seu
próprio caráter e do seu próprio destino. Acredita-se que o caráter seja
herdado do pai, assim como para a psicanalise, a lei ou a censura é
representada pela figura paterna. E da mãe herdamos a mente, o sofrimento, a
resignação, talvez a culpa. Simbolicamente falando, o filho é um grande
envelope que o pai manda para o futuro, e o pai é apenas um selinho, que sem
esse o grande envelope não vai à parte alguma. Contudo, a figura do pai serve
como modelo de comportamento para o menino e também permite que a menina
conheça e compreenda o universo masculino.
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