O
livro: “Os Miseráveis” de Victor Hugo (1802-1885), foi escrito em 1862 é uma
narração de caráter social em que o misticismo, a fantasia e a denúncia das
injustiças formam uma trama complexa, onde descreve vividamente, ao tempo de
condenação, a injustiça social da França do século XIX. O livro conta a
história de um criminoso que sai da prisão cheio de raiva. O romance é muito
comovente e emocionante. Pois narra a triste história de Jean Valjean, um homem
muito pobre que para salvar a família da fome é forçado a roubar um simples
pão. Desde então é condenado e preso pela polícia.
Porém,
quando está terminando de cumprir a pena ele foge e acaba sendo condenado
novamente. Fez isso algumas vezes e infelizmente passou 19 anos preso por ter
roubado apenas um pão. Ao ganhar a liberdade ele sai na cidade à procura de um
lugar para dormir e se alimentar. Entretanto, é expulso de todas as
hospedarias, pois os donos o consideravam como um dos piores bandidos já
existentes. Para o autor, o mundo é o terreno onde se defrontam os mitos: “o
bem e o mal, a bondade e a crueldade”.
Entretanto,
após cumprir 19 anos de prisão com trabalhos forçados, Jean Valjean, com frio e
fome ele bate à porta da casa de um Bispo é acolhido com dedicação, por mais
que o Bispo soubesse de quem se tratava, mesmo assim, lhe dá comida e abrigo.
No entanto, esse Bispo só tem uma riqueza na vida que são seus dois “castiçais
de prata”. Mas havia tanto rancor na sua alma que no meio da noite ele rouba um
dos castiçais e agride o seu benfeitor. Ele sai sem que o Bispo o perceba.
Quando ele está saindo da cidade a policia o aborda e começa a revistar sua
bolsa e encontra o castiçal e pergunta: onde ele arranjou aquele castiçal.
Prontamente ele diz: foi o Bispo que me deu. A policia desconfia e o leva até a
casa do Bispo, para confirmar essa história.
Chegando
lá para a surpresa de todos inclusive do criminoso, o Bispo confirma que
realmente deu o castiçal. O Bispo salva-o alegando que o castiçal de prata foi
um presente e nessa altura dá-lhe o outro castiçal, repreendendo-o por ter
saído com tanta pressa que se esqueceu de levar essas peças mais valiosas. Após
esta demonstração de bondade, o Bispo o “lembra-se
da promessa (que Valjean não tem nenhuma lembrança de ter feito), de usar a prata para tornar-se um homem
honesto”.
Portanto,
vale lembrar que a maioria dos seres humanos não é como esse Bispo. Mas, o Jean
Valjean, quando ficou sozinho analisou esse gesto de generosidade do Bispo. De
repente como um milagre, ele é tocado por aquelas palavras do Bispo e a partir
daí ele se torna uma pessoa bem melhor. Tornou-se um empresário bem sucedido,
dono de uma fábrica e um homem respeitado pela sua bondade, caridade e
generosidade. Contudo, este gesto extremamente nobre do religioso, devolve a fé
que aquele homem amargurado tinha perdido.
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