O corpo humano é o
maior patrimônio que devemos cuidar e preservar. Através dele comunicamos
nossos sentimentos e emoções. Ele realmente exerce uma grande influência em
nossa relação com o mundo sensível e o mundo das ideias, como argumentava
Platão (427-347 a.C.), nos seus diálogos sobre o conhecimento. O corpo é nosso
cartão de visita, coloca em evidência a nossa estadia no mundo dos vivos e, dispensa
apresentação pela sua genialidade na organização dos pensamentos e ações na
natureza. Contudo, essa complexa máquina humana, ainda é um mistério para
muitos estudiosos da fisiologia humana. Afinal, no corpo tudo é manifestação de
vida, são nossos anseios de vida por mais vida. Mas, que tipo de vida buscamos?
No entanto, se o
corpo não falasse as palavras não teriam sentido. O psicanalista austríaco Wilhelm
Reich (1897-1957), foi o primeiro que, frente ao silêncio do paciente, começou
a observa-lo e então fez a descoberta do que era evidente. O corpo expressa
sentimentos e emoções contidas, involuntariamente. Reich percebeu que o modo de
estar em silêncio da pessoa, podia significar tanto quanto uma declaração
verbal. A diferença essencial entre Freud e Reich. É que Freud apenas
limitava-se a ouvir e interpretar a comunicação verbal dos seus pacientes, ao
passo que Reich, passou a ver e a interpretar a comunicação não verbal mostrada
pelo corpo.
Todavia, as pessoas
têm bem pouca familiaridade com seu aspecto exterior, com suas faces, gestos e
atitudes corporais. Estranham demais suas aparências ao se verem gravadas em
vídeo. Isto é, elas não sabem o que exprimem ou manifestam facial e corporalmente,
pouco percebem ou sabem de sua “Couraça
Muscular do Caráter” noção central para Reich. A couraça é todo o esforço
muscular que a pessoa faz, afim de não mostrar e disfarçar o que pretende, o
que deseja ou o que sente. É um paradoxo. Só consegue disfarçar eficazmente
para si mesma, porque ela não se vê. Na verdade, toda pessoa sabe o que está
sentindo, mais não sabe o que está mostrando para os outros, que só a vê e
observa.
Por outro lado, o
nosso corpo é um prodigioso laboratório transformador, que transmuta oxigênio,
água, alimentos em vida. Sendo assim, para os que amam viver, o corpo não pode
ser aquele talento que o imprudente enterra, como diz nos Evangelhos. Sendo o
corpo nossa forma de presença no mundo, bem como o berço, no qual nascem todos
os nossos conteúdos íntimos como emoção, crenças e conhecimentos. O corpo é
pré-história da nossa vida interior, este parece ser para nós como o templo de
todos os sentimentos, que precisa ser respeitado.
Entretanto, os
exercícios físicos perdem o melhor do seu valor, quando se resumem a ter só
finalidades orgânicas. Eles precisam ser uma procura de diálogo entre músculos
e a interioridade mental, pois da mesma forma como é difícil um corpo se manter
saudável, sob a ação de emoções desordenadas e agressivas, a mente também tem
grande dificuldade de se equilibrar sob a influência de uma saúde corpórea mal
tratada e carente. As pesquisas médicas em tribos indígenas, têm mostrado que
os índios quase nunca sofrem de enfermidades, mesmos as mais comuns como:
doenças intestinais, cardíacas, circulatórias, ósseas e principalmente de
coluna. Isto quer dizer: ter vida sedentária é começar a morrer.
Movimentar de maneira
consciente o corpo, é uma forma de meditação que aprofunda o ser humano em si
mesmo, tendo em vista, que é ouvindo que encontramos o caminho para a nossa
interioridade. Ouvir a voz do corpo que nos leva ao eu profundo. Porém, as
praticas esportivas com consciência, desenvolve uma concepção de mundo e vida,
que não se esgota nos limites do corpo. Sobretudo, quando se tem a consciência
de que a energia vital maior que impulsiona a vida, é a da sexualidade. Como
diz o filósofo e educador Régis de Morais (1940): “o amor pela vida, o gosto
pela solidariedade, o cultivo de fortes amizades, o amor pelos pais; tudo isso
é um abraço erótico que damos em nosso mundo, um abraço cheio de energia que
vem do melhor de nós”.
Portanto, os limites
da sexualidade são os limites do corpo. Tanto assim que a sexualidade começa em
qualquer parte do corpo e não termina, vai de um lado para outro explorando sua
totalidade. Faz de cada um de nós o que exatamente somos. A extensão do mundo
em nosso corpo. Toda pessoa plenamente atuante sabe que esta magia é que da
valor a vida, elimina o tédio e eleva a existência além do espaço e do tempo.
Contudo, a morte quando nos achar, não pedirá um conceito, mas uma história.
Perfeito...Portanto, os limites da sexualidade são os limites do corpo. Tanto assim que a sexualidade começa em qualquer parte do corpo e não termina, vai de um lado para outro explorando sua totalidade. Faz de cada um de nós o que exatamente somos. A extensão do mundo em nosso corpo. Toda pessoa plenamente atuante sabe que esta magia é que da valor a vida, elimina o tédio e eleva a existência além do espaço e do tempo. Contudo, a morte quando nos achar, não pedirá um conceito, mas uma história.
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