Descobri
que leva-se um certo tempo para construir a confiança e apenas segundos para
destruí-las, e que posso fazer coisas em um instante, das quais me arrependo
pelo resto da vida. Aprendi que a verdadeira amizade continua a crescer mesmo a
longa distância. E o que importa não é o que se tem na vida, mas o que tenho da
vida. E que os bons amigos são como a família que posso escolher. Aprendi que
não tenho que mudar de amigos se compreender que os amigos mudam. Perceber que
meu melhor amigo quando juntos posso fazer qualquer coisa, ou nada, mas,
sobretudo terei bons momentos juntos. Descobri que essas pessoas queridas, são
iluminadas e que prontamente sou tomado pelo seu brilho. Elas entram na vida da
gente e deixam sinais, são como músicas. Como a sonoridade do vento no final de
uma tarde. Amigos são como música, que foram compostas para serem ouvidas,
sentidas, compreendidas e interpretadas, como uma melodia.
Descobri
algumas vezes que a pessoa que você espera que o chute quando cai, é uma das
pessoas que vai ajudá-lo a levantar-se. Aprendi que a maturidade tem mais a ver
com os tipos de experiência que tive e o que aprendi com esse conhecimento
empírico, do que os aniversários celebrados. Aprendi que nunca se deve
dizer à uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes
quanto essa fala, já que ela poderia tornar-se uma tragédia, caso elas
acreditassem nisso.
Quando
fui perseguido por uma diretora de escola pública, em seguida dispensado do
magistério em 2009, eu sabia que precisava criar uma nova forma de vida. Mudei
minha maneira de pensar sobre o que é viver. Deixei para trás a esfera das
realizações e entrei para o mundo do prazer da escrita, do relaxamento no meio
de tantas maravilhas que vim a descobrir com a literatura. Senti o corpo
atingir o auge da minha força, que agora começa a perdê-la. É nesse momento que
se identifica, não com o corpo que está começando a decair, mas, com a
consciência da qual ele é um veículo. Contemplo esse corpo como um veículo. O
corpo é como a lâmpada que leva a luz. Sou a luz da qual o meu corpo é a
lâmpada. Com ele transporto minha consciência.
Por
conseguinte, a metáfora do corpo como um veículo da consciência, quando
identifico-me com essa consciência posso observar o meu corpo decair, como um
carro velho. Contudo, é algo que todos nós esperamos, e aos poucos vamos nos
desintegrando. É nesse momento que a consciência reencontra a consciência
cósmica. Portanto, devemos sempre tratar com atenção e gentileza, as pessoas
queridas que realmente amamos, proferindo palavras amorosas, pois pode ser que
seja a última vez que a veremos.
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