Há
uma história muito interessante do rabino de Kotzk. Ele passou por um jovem que
estava claramente deliciando-se em um prato de peixe que comia. Ele disse ao
jovem: “Por que você está comendo esse
peixe?” O jovem responde: “Porque eu
amo peixe!” O rabino responde: “Ah,
você ama o peixe e por isso o tirou da água, o matou e o ferveu. Não me diga
que ama o peixe. Você ama a si mesmo. E porque o peixe é gostoso na sua
opinião, você o tirou da água, o matou e ferveu”.
Muito
do que chamam de “amor” é “amor a peixe”. E então um casal de
jovens se apaixona. Quando os jovens se apaixonam, o que isto significa? Isso
significa que ele viu nessa mulher, alguém que ele acredita que poderá prover
todas as suas necessidades emocionais e físicas, e ela sentiu que esse homem
poderá fazer o mesmo. Isso talvez seja o amor.
Mas
ambos estão olhando para as próprias necessidades. Não é amor pelo outro. A
outra pessoa se torna um veículo para a minha satisfação. Muito do que chamam
de “amor” é “amor a peixe”. Um amor externo não é sobre o que vou receber, mas o
que vou dar. Argumentava um professor de ética o Rabino Dessler, que as pessoas
cometem um erro grave ao pensar que você dá aqueles que você ama. Que não é
verdade!
Portanto,
a verdadeira resposta é que você ama aqueles a quem você dá. O meu argumento é
que se eu dou algo a você eu investi em você. E já que amor próprio é natural,
todos amam a si mesmos. Há uma parte de mim em você que eu amo. Agora que parte
de mim está em você? Um amor verdadeiro não está no que eu vou obter, mas no
que eu vou lhe dar.
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