A
loucura é a antítese do estabelecido. Ela torna o momento mais intenso.
Experimente viver com intensidade. Não se importem se o chamarem de louco. Ao
fazerem o teste vão notar que o seu trabalho, o seu relacionamento, a sua
caminhada e os seus projetos ganharão outro sabor, pois despertará em cada um o
interesse por aquilo que realiza e o coloca em sintonia com o movimento
cósmico.
Não
escrevo isto como uma receita de autoajuda, pois sou filósofo, cujo papel é
colocar as pessoas a pensarem comigo, talvez por acreditar que há um movimento criador
que nos chama ao crescimento e só participa desse movimento quem se apossar da
loucura criativa. De modo que só os loucos ousam a utopia. Só os loucos
invertem a lógica do mundo. Muitos pensadores foram em, suas épocas,
considerados loucos. Será que a senhora “razão”
tem prazer? Tendo em vista, que o prazer é muita loucura para ela. Prazer e
razão são indicio de confusão. Queremos ter razão ou prazer de viver?
É
muita loucura para a razão. Sentir prazer é perigoso, segundo, diz a razão.
Loucura é tirar nossos momentos de delírio e nos dizer que somos ridículos
quando buscamos o prazer, nas coisas que fazemos e sentimos. Da uma olhada para
os sete pecados capitais. A igreja católica defende a ideia de que a vida começa
no momento da formação do embrião. De modo que, condena qualquer tipo de
pesquisa científica com embriões humanos e células-troncos embrionárias. De
onde a igreja tirou esse ideia, que a vida começa com a formação do embrião? A
vida não começa aqui, ela continua com a formação do embrião, a vida está aí
para ser vivida. O prazer da fecundação é apenas a continuação da vida.
Portanto,
o movimento que estabelecemos, chamamos de postura dialética diante da vida. É
como em um dia de sol intenso, em uma piscina, colocar só o pé não da. O melhor
mesmo é mergulhar de corpo inteiro. Porém, se não houver paixão no que fazemos,
o melhor é surtar. Contudo, para os estoicos, a sabedoria consiste em ter a
razão como guia; a loucura, pelo contrário, consiste em obedecer às paixões,
mas, para que a vida dos homens não seja triste e aborrecida, Júpiter deu-lhe
mais paixão que razão. Sendo assim, o amor é a sabedoria dos loucos e a loucura
dos sábios.