Cada pessoa é única e especial, só depende de abrirmos nosso coração.
Minha saudosa mãezinha contava uma história muito interessante sobre uma
senhora idosa. Esta senhora idosa, moradora antiga de Rubião Junior, distrito
de Botucatu, possuía dois grandes jarros, cada um suspenso na extremidade de
uma vara que ela carregava nas costas. Um dos jarros era rachado e o outro era
perfeito. Este último estava sempre cheio de água ao fim da longa caminhada da
mina d’água até a casa, enquanto aquele rachado chegava meio vazio. Por longo
tempo, a coisa foi em frente assim mesmo, com a senhora que chegava a casa com
somente um jarro e meio de água. Naturalmente o jarro perfeito era muito
orgulhoso do próprio resultado e o pobre jarro rachado tinha vergonha do seu
defeito, de conseguir fazer só a metade daquilo que deveria fazer.
Depois de dois anos, refletindo sobre a própria amarga derrota de ser
rachado, o jarro falou com a senhora durante o caminho: “Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que eu tenho me faz
perder metade da água durante o caminho até a sua casa”. A senhorinha
sorriu: “Você reparou que lindas flores
têm somente do teu lado do caminho? Eu
sempre soube do teu defeito e, portanto, plantei sementes de flores na beira da
estrada do teu lado. E todos os dias, enquanto a gente voltava, tu as regavas.
Por dois anos pude recolher aquelas
belíssimas flores para enfeitar a mesa. Se tu não fosses como és, eu não teria
tido aquelas maravilhas na minha casa”.
Portanto, temos que nos tornar mais confiantes com o nosso próprio nível
de discernimento e acreditar mais em nós mesmos. Cada um de nós tem o próprio
defeito. Mas o defeito que cada um de nós temos, é que faz com que nossa
convivência seja interessante e gratificante. É preciso aceitar cada um pelo que
é, e descobrir o que tem de bom nele. Assim começamos a viver com mais honra e
com mais respeito uns pelos outros. Somos todos humanos e a lógica é dominar o
animal dentro de cada um. O animal ainda não aprendeu a se unir com seu aspecto
divino. O animal que nos habita, está cheio de medo. Temos que decidir
conquistar o animal, para que ele não se expresse mais com seus medos. Mas para
que o divino se expresse com amor e atitudes cooperativas. Assim teremos um
novo mundo. Contudo, compreender e entender o outro são sinônimos de humildade
e compaixão. Sobretudo, por ser o amor à essência da alma e da vida.
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