Platão foi referência
significativa para a religião, principalmente para aquelas de denominação
cristã. Sua filosofia foi mostrar que o mundo perfeito está fora dessa
realidade de aparência em que vivemos. Temos a ilusão de que tudo aqui é real.
São essas impressões sensíveis as responsáveis pelas as nossas opiniões. Para
Platão, só vamos atingir esse mundo da perfeição, isto é, o mundo das ideias,
se nos livrarmos da sombra, das amarras.
Caso contrário, seremos eternamente prisioneiros de um mundo de ilusão.
Platão afirmava que o corpo
representa um obstáculo para o verdadeiro conhecimento. A nossa vida material,
isto é, sensível, proporciona apenas a oportunidade para que a alma se recorde
das regiões celestiais. Na alegoria o mito da carruagem, Platão compara a alma
a uma carruagem puxada por dois cavalos alados, isto é, com asas. Um dos cavalos
é branco e o outro é preto.
O cavalo branco, mais
delicado, suave e dócil, representa a inteligência. O cavalo preto, impaciente
e inquieto, representa as paixões. A carruagem é dirigida por um cocheiro que
representa a razão. Esta carruagem transita pelo mundo das ideias, lugar supra
celeste que somente a alma é capaz de atingir. A dificuldade para se guiar os
dois cavalos fazem com que eles percam as asas e a carruagem caia. Desta
maneira, a alma desce da região celeste e se encarna em um corpo. Se a alma
chegou a vislumbrar algumas ideias, isto é, a luz, o corpo encarnado será o de
um ser humano, caso contrário o corpo será o de um animal.
Segundo Platão, a alma depois
de encarnada em um corpo passa a não se lembrar do mundo celestial, mas a visão
das coisas materiais lhe causa uma vaga recordação das ideias contempladas em
tempos anteriores. Portanto, para Platão, conhecer não é ver, mas recordar as
ideias contempladas na região celeste. Que na verdade é o mundo das ideias.
Tudo o que observamos nesse mundo dos sentidos, são meramente cópias,
aparências de um mundo real. A alma experimenta um anseio amoroso, um desejo de
retornar à sua verdadeira morada. A partir de então, a alma passa a perceber o
corpo como cárceres, assim como tudo que é sensorial, imperfeito e supérfluo.
Ela quer se libertar do cárcere do corpo. Enfim, é por isso que Platão
considera todos os fenômenos da natureza meros reflexos das formas eternas ou
ideias.
agora entendo sobre o desejo que esta no corpo e o amor que esta na alma, pois o corpo responde ao amor que a alma sente, e chega a machucar se há indiferença, e distância, a necessidade do corpo de corresponder o amor dói, só que a indiferença,
ResponderExcluirquando se ama ajuda a se distanciar e a ver melhor este tipo de amor, será que vale a pena.....
quando vc ajuda uma pessoa sua alma fika mais florada quando vc procura coisas boas e deixa as ruins pra la faz toda a diferença na sua alma.
ResponderExcluirOnde fica esse mundo mundo real, afinal? E por que não conseguimos "habitá-lo" totalmente? Parece que nós mesmos quem conspiramos contra ele.
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