29 de setembro de 2024

A MENTE SEGUNDO A TEORIA DE SIGMUND FREUD

Sigmund Freud e a psicanálise se popularizaram de tal forma que suas ideias são, muitas vezes, veiculadas de modo errôneo e distorcidas, como tudo que passa por um processo de grande divulgação, em especial numa sociedade de massas como a nossa. Tendo em vista, o difícil relacionamento entre Freud e Jung, que virou tema do filme: “Um Método Perigoso”, de David Cronenberg.

De modo que é preciso, antes de qualquer coisa, esclarecer o significado dessa expressão. O que é psicanálise? Em primeiro lugar, é uma teoria que pretende explicar o funcionamento da mente humana. Além disso, a partir dessa explicação, ela se transforma num método de tratamento de diversos transtornos mentais.

São dois os fundamentos da teoria psicanalítica: 1) Os processos psíquicos são em sua imensa maioria inconscientes, a consciência não é mais do que uma fração de nossa vida psíquica total; 2) os processos psíquicos inconscientes são dominados por nossas tendências sexuais.

Nesse sentido, Freud buscou explicar a vida humana (pessoal e individual, mas também pública e social) recorrendo a essas tendências sexuais a que chamou de “libido”. Com esse termo, o pai da psicanálise designou a energia sexual de maneira mais geral e indeterminada.

Assim, por exemplo, em suas primeiras manifestações, a libido liga-se a outras funções vitais: no bebê que mama, o ato de sugar o seio materno provoca outro prazer além do de obter alimento e esse prazer passa a ser buscado por si mesmo. Por isso, Freud afirma que a boca é uma "zona erógena" e considera que o prazer provocado pelo ato de sugar é sexual.

Portanto, repare bem, a libido pode nada ter em comum com as áreas genitais. Posto isso, a psicanálise compreende as grandes manifestações da psique como um conflito entre as tendências sexuais ou libido e as fórmulas morais e limitações sociais impostas ao indivíduo. Esses conflitos geram os sonhos, que seriam, segundo a interpretação freudiana, as expressões deformadas ou simbólicas de desejos reprimidos. Geram também os atos falhos ou lapsos, distrações falsamente atribuídas ao acaso, mas que remetem ou revelam aqueles mesmos desejos.

23 de setembro de 2024

QUANDO EU ME AMEI DE VERDADE - Charles Chaplin (1889 - 1977)

Quando me amei de verdade, percebi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo e no momento certo. E então eu pude relaxar. Hoje eu sei que isso tem nome: Autoestima!

Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia e meu sofrimento emocional não são mais do que sinais de que estou indo contra minhas próprias verdades. Hoje eu sei que isso é: Autenticidade!

Quando me amei de verdade, parei de desejar que minha vida fosse diferente, e comecei a ver que tudo que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje eu sei que isso se chama: Maturidade!

Quando me amei de verdade, comecei a entender porque é ofensivo tentar forçar uma situação ou uma pessoa apenas para alcançar aquilo que eu desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou que a pessoa (talvez eu mesmo) não está preparada. Hoje eu sei que o nome disso é: Respeito!

Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável: pessoas e situações, tudo e qualquer coisa que me empurrasse para baixo. No início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje eu sei que se chama: Amor próprio!

Quando me amei de verdade, parei de me preocupar em não ter tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os mega projetos do futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje eu sei que isso é: Simplicidade!

Quando me amei de verdade, desisti de querer estar sempre certo e, com isso, errei muito menos vezes. Foi assim que descobri que isso se chama: Humildade!

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, mantenho-me no presente, que é onde a vida acontece. Hoje eu vivo um dia de cada vez. E isso se chama: Plenitude!

Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando eu a coloco ao serviço do meu coração, ela é uma valiosa aliada. E isto é: Saber viver!

18 de setembro de 2024

QUAL É O PROPÓSITO DA LEITURA?

Li muitos livros, mas esqueci da maioria deles. Disse o aluno ao seu Mestre.  Mas então, qual é o propósito da leitura? Esta foi à pergunta que um aluno fez ao seu Mestre. O Mestre não respondeu naquele momento. No entanto, depois de alguns dias, enquanto ele e o jovem estudante estavam sentados perto de um rio, ele disse que estava com sede e pediu ao menino que lhe trouxesse um pouco de água usando um coador velho e sujo que estava no chão.

O aluno levou um susto, pois sabia que era um pedido sem lógica. No entanto, ele não poderia contradizer seu Mestre e, pegando o coador, começou a realizar essa tarefa absurda. Cada vez que ele mergulhava o coador no rio para buscar um pouco de água para levar de volta ao seu Mestre, ele não conseguia nem dar um passo em direção a ele, pois não restava uma gota no coador.

Tentou dezenas de vezes, mas por mais que tentasse correr mais rápido da margem até seu Mestre, a água continuava passando por todos os furos do coador e se perdia no caminho. Exausto, sentou-se ao lado do Mestre e disse: Não consigo tirar água com esse coador. Perdoe-me Mestre, é impossível e falhei em minha tarefa. Não - respondeu o velho sorrindo - você não falhou.  Olha o coador, agora está brilhando, está limpo, está como novo.  A água, que escorre por seus buracos, o limpou.

Quando você lê livros - continuou o velho Mestre - você é como um coador e eles são como a água do rio. Não importa se você não consegue guardar na memória toda a água que eles deixaram correr em você, porque os livros, porém, com suas ideias, emoções, sentimentos, conhecimentos, a verdade que você encontrará entre as páginas e essas limparão sua mente e espírito, e eles farão de você uma pessoa melhor e renovada.  Esse é o propósito da leitura.

2 de setembro de 2024

A FUNÇÃO DA ARTE É SUPERAR A SOLIDÃO

Assim como a gente tem direito a saúde, também temos que ter direito a arte, porque a arte nos ajuda a viver. Quem vai ao teatro e está em contato com o código poético, de alguma maneira essa pessoa tem mais condição de compreender a imperfeição humana. Quem lê Clarice Lispector, Fernando Pessoa, quem lê Fiódor Dostoiévski, quem lê os poetas de modo geral, no mínimo vai sofrer mais bonito.

Porque sofremos? Você não deixa de sofrer, não se iluda. Não deixamos de sofrer, mas quando temos aquela música de Roberto Carlos ou Chico Buarque para cantar, podemos estar chorando, estamos mal, mas, temos a música para cantar. Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu. Aqui cabe, uma metáfora, a de andar de braços dado com o poeta, que viveu a mesma coisa que você viveu.

O poeta é teu irmão, a arte nos ensina, que todos somos irmanados, somos o que a arte da para nós. Numa peça de teatro de Simone de Beauvoir, o ator fala uma coisa linda, que diz assim: “Nós artistas compartilhamos essas experiências, com o público, para que o público reconheça nos seus sofrimentos individuais o consolo da fraternidade". Essa é a grande função da arte, superar a solidão, que é comum a todos nós e que, no entanto, faz com que nos tornemos estranhos uns aos outros.

TANTRA É UMA FILOSOFIA HINDU MILENAR

Todos os grandes pensadores da humanidade, sempre se referiram ao sagrado feminino com inferioridade e desdenho, como se a mulher existisse ...