16 de julho de 2024

O HISTORIADOR COMO FOTÓGRAFO DA MORTE

Este artigo propõe uma reflexão sobre o fotógrafo como metáfora do papel do historiador. A fotografia nos convida a apreciar a simplicidade e a encontrar a poesia no ordinário, revelando a profundidade que muitas vezes passa despercebida. É uma forma de expressão que nos permite criar memórias vívidas e contar histórias poderosas com apenas uma imagem.

É possível compreender o historiador como aquele que se utiliza de rastros e vestígios para a construção de imagens por meio das quais as pessoas podem entrar em choque com o seu passado anacrônico, que hoje não existe mais. O que existe é o historiador como fotógrafo da morte. A fotografia, em sua essência, possui o poder de eternizar instantes que não existe mais.

Ao congelar o tempo, revela a beleza oculta nas pequenas coisas. É nessa capacidade de pausar a realidade que reside à magia e encanto da fotografia. Através desse conhecimento que o fotógrafo pode transmitir com profundidade e sensibilidade a essência de um momento, transcendendo a mera técnica e capturando a alma do que é fotografado.

Fotografia nos faz lembrar o passado em preto em branco que colorimos com a saudade do tempo de criança. Faz-nos sorrir com bons momentos vividos no presente, passado nos faz pensar no futuro idealizar, por em pratica aquele momento pensado que se torna presente na vida da gente. Fotografar é segurar os sentidos das emoções: O canto dos pássaros, o cheiro das flores. Os raios de sol, o molhado da chuva.

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