Paul
Johannes Oskar Tillich (1886-1965) foi um teólogo alemão e filósofo da
religião. Dentre suas várias contribuições ao mundo da teologia e filosofia do
século XX, destaca-se justamente o tema central que trataremos ao longo dessa
matéria: solidão e solitude. Afinal, qual a diferença entre ambas?
Paul
Tillich em seu livro: “O Eterno Agora”,
ele discorre acerca das palavras “solidão”
e “solitude”. Apesar da segunda ser
pouco usada no português, ela possui tradução e significado próprio na nossa
língua. Originária do latim, solitude pode ser descrita como: “a glória em estar sozinho”. Já a solidão
é uma condição associada à dor e à tristeza. É um sentimento de vazio. Sentir-se
sozinho mesmo na presença de amigos e familiares.
Solitude
implica em querer estar sozinho, em aproveitar esses momentos únicos consigo
mesmo. É, basicamente, escolher ser sozinho e ser feliz com essa escolha. É
algo feito de forma deliberada, consentida e positiva. É, por exemplo, decidir
viajar sozinho por um longo tempo, somente em companhia de si mesmo. Solitude é
usada de forma poética na nossa linguagem.
Segundo
o psicanalista Felipe de Souza, autor de textos para o site Fãs da Psicanálise:
“a solitude permite o tempo, o espaço e o
silêncio para fazer o útil ou o belo. Também permite não fazer nada. Também
permite desenvolver a espiritualidade, encontrar-se enquanto uma pessoa
diferente dos demais e se aceitar como se é – independentemente da aprovação do
outro”.
Portanto,
ela é quase que um estado de silêncio meditativo, e nós já explicamos o quão
poderoso pode ser estar quieto, tanto para seu corpo quanto para sua mente.
Além disso, seguindo o raciocínio do psicanalista, a solitude pode ser um
caminho poderoso para encontrar com a sua espiritualidade - que também
revelamos morar dentro de si mesmo, basta querer encontrá-la.
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