Gosto
muito de pensar no amor como uma afinidade de almas. Como argumenta o filósofo,
escritor e poeta libanês Khalil Gibran (1883-1931), tendo em vista, que sua obra
reflete a espiritualidade e os princípios que levam aos patamares muito altos
da alma humana. O mestre do amor e da espiritualidade Khalil Gibran, afirma que
é errado pensar que o amor vem do companheirismo de longo tempo ou do cortejo
perseverante. Para ele o amor é filho da afinidade espiritual e a menos que
esta afinidade seja criada em um instante, ela não será criada em anos, ou
mesmo em gerações.
Para
os amantes o amor é uma emoção ou sentimento que leva uma pessoa a desejar o
bem da outra ou algo melhor ao outro. O uso do vocábulo, contudo, lhe empresta
outros tantos de significados, quer comuns, quer conforme a ótica de
apreciação, tal como nas religiões, na filosofia e nas ciências humanas. Aqui
eu recorro ao “amor platônico” que é
um tipo de relação afetuosa ou idealizada em que se abstrai o elemento sexual,
por vários gêneros diferentes, como em um caso de amizade pura, entre duas
pessoas.
Amor
platônico também pode ser um amor
impossível, difícil ou que não
é correspondido. Muitas vezes uma pessoa tem um amor platônico e nunca
tenta sair dessa fase porque tem medo de se machucar ou medo de verificar que
as suas fantasias e expectativas não correspondem à realidade. Vale lembrar,
que o termo amor "platonicus" foi usado pela primeira vez pelo
filósofo e sacerdote neoplatônico florentino Marsilio Ficino (1473-1499) no
século XV, como um sinônimo de amor socrático. As duas expressões dizem
respeito a um amor focado na beleza do caráter e na inteligência de uma pessoa,
e não no seu aspeto físico.
Portanto,
para o filósofo grego Platão, o amor era algo essencialmente puro e desprovido
de paixões, ao passo em que estas são essencialmente cegas, materiais, efêmeras
e falsas. O amor platônico, não se fundamenta num interesse, e sim na virtude.
Platão criou também a teoria do mundo das idéias, onde tudo era perfeito e que
no mundo real tudo era uma cópia imperfeita desse mundo das idéias. De modo que
o amor platônico, ou qualquer coisa platônica, se refere a algo que seja
perfeito, mas que não existe no mundo real, apenas no mundo das idéias.
Contudo, o amor platônico é entendido como um amor à distância, que não se aproxima, não toca, não envolve, é
feito de fantasias e de idealização, onde o objeto do amor é o ser perfeito,
detentor de todas as boas qualidades e sem defeitos.
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