30 de março de 2016

POR QUE AMO A LITERATURA?

Se me perguntar hoje por que amo a literatura? A resposta que me vem espontaneamente à cabeça: “porque ela me ajuda a viver”. Não é mais o caso de pedir a ela, como ocorria na adolescência, que me preservasse das feridas que eu poderia sofrer nos encontros com as pessoas reais, em lugar de excluir as experiências vividas, ela me faz descobrir mundos que se colocam em continuidade com essas experiências e me permite melhor compreendê-las. Não creio ser o único a vê-la assim. Mais densa e mais eloquente que a vida cotidiana, mas não radicalmente diferente. A literatura amplia o nosso universo, incita-nos a imaginar outras maneiras de concebê-lo e organizá-lo. Somos todos feitos do que os outros seres humanos nos dão: “primeiro nossos pais, depois aqueles que nos cercam; a literatura abre ao infinito essa possibilidade de interação com os outros e, por isso, nos enriquece infinitamente”.

Para o sujeito poético, literatura é como um ato de liberdade, pois é como, sair pelo mundo em busca de aventura, de experiências. No entanto, suas expectativas são contrariadas em muito, entre novas perspectivas que abrem seu horizonte de conhecimento. E isto lhe ajuda a viver na plenitude e harmonia com seus dois mundos. O mundo de dentro e o de fora. Nosso desejo de manter contato com a literatura e por meio dela poder sonhar com mundos possíveis e até mesmo mundos impossíveis, é muito mais do que uma vontade, é uma necessidade que não se restringe a algumas pessoas, mas é inerente a todo ser humano. É como uma carta de amor escrita em verso e prosa. Um prazer incomensurável para quem escreve e para quem recebe.

Por conseguinte, a literatura aparece claramente como uma manifestação universal de todos os homens em todos os tempos. Não há povo e não há homem que possa viver sem ela, isto é, sem a possibilidade de entrar em contato com alguma espécie de fábula. Assim como todos sonham todas as noites, ninguém é capaz de passar um dia sem alguma entrega ao universo literário. O sonho assegura durante o sono a presença indispensável deste universo, independentemente da nossa vontade. Vale lembrar, que sempre é um erro querer transferir para a literatura a tolerância que, na sociedade é preciso ter com as pessoas estúpidas e descerebradas que se encontram por todos os lados. Em geral, a cordialidade proveniente da sociedade é um elemento estranho na literatura, com frequência um elemento danoso, porque exige que se chame o ruim de bom, contrariando diretamente tanto os objetivos da ciência quanto o das artes. A sociedade não respeita o trabalho literário.

Portanto, diante dessa constatação defendo a ideia que o acesso à literatura não deve ser um privilegio garantido a apenas alguns, mas um direito de todos. A exemplo dos demais direitos humanos, a literatura deve ser considerada incompreensível, ou seja, por isso mesmo essencial ao homem, visto que talvez não haja equilíbrio social sem a literatura e uma vez que ela confirma o homem na sua humanidade, inclusive porque atua em grande parte no subconsciente e no inconsciente humano. Contudo, quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível. Sobretudo, por ser a literatura uma ponte que liga o amor ao conhecimento.

27 de março de 2016

UMA CARTA DE AMOR EM VERSO E PROSA

Como dizia o poeta, compositor e cantor Gonzaguinha (1945-1991): “há um lado carente dizendo que sim, e essa vida da gente gritando que não”. O heterônimo de Fernando Pessoa (1888-1935), Álvaro de Campos, nos da uma pista exata sobre o significado de escrever uma carta de amor. Isto é, se há amor por que não contar em verso e prosa? “Todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas. Também escrevi em meu tempo cartas de amor, como as outras, ridículas. As cartas de amor se há amor, tem que ser ridículas. Mas, afinal, só as pessoas que nunca escreveram carta de amor é que são verdadeiramente ridículas. Quem me dera no tempo em que escrevia, sem dar por isso cartas de amor, ridículas. A verdade é que hoje, as minhas memórias dessas cartas de amor é que são ridículas. Naturalmente, ridículas são aquelas pessoas que nunca escreveram uma carta de amor. Ridículas como as outras”.

Sempre me expressei melhor por escrito. Oralmente não sou muito feliz às vezes falo o que não devo e o que devia falar, não expresso. Não sei se aconteceu com você, mas no meu tempo de escola, era proibido falar. Então, escrevia. A partir daí, acostumei-me a escrever e virei escritor. Adoro escrever. Adoro ler. Mas, adoro também conversar. E, conversar com você é muito bom. Porque você é boa ouvinte. Ouve com atenção e valoriza cada frase ou pronunciamento da pessoa que conversa com você. Pesa. Pondera. E não fala precipitadamente. Analisa. E é sincera. Suas colocações são muito inteligentes! Você escreve, lê e fala muito bem. É sensata. Moderna. Charmosa. Quente. Enfim, uma companhia muito agradável. Adoro estar com você. Você é maravilhosa como mulher, como profissional e como amiga. Conviver com você todos esses anos foi muito bom. Você é dessas pessoas que despertam na gente o prazer de viver.

Se eu pudesse, não me afastaria nunca mais da sua presença. Mas, não depende só de mim. E o sentimento quando não é recíproco, não vale a pena! Tem que ser uma atração mútua. Caso contrário, não compensa. Eu passei sessenta anos procurando uma mulher ideal. E não a encontrei. De repente, você apareceu e meu anjo da guarda me disse: “É esta!” Eu sempre errei, mas meu anjo, jamais erraria. Eu lhe disse, no nosso primeiro encontro, que não suporto nada forçado. Tudo tem que ser espontâneo e natural. Apelação não é comigo. Suplicar, nem pensar. Ou é uma vontade mútua, ou nada poderá acontecer. Posso lhe garantir que da minha parte é natural. Eu a amaria intensamente. Não sei se por toda a vida, mas seria verdadeiro, sincero e integral. Um amor exclusivo. Criativo. Moderno. Sensual e Erótico. Alegre. Irreverente. Provocante. Total. Enfim, maravilhoso. Faria tudo para que acontecesse assim.

Minha proposta nesta carta de amor é: amá-la exclusivamente e intensamente por muitos dias e muitos anos. Não sei até quando, mas, por um tempo ideal. Se possível, até o fim da vida. Já não somos jovens, precisaremos de alguém para cuidar de nós. Gostaria de cuidar de você e queria que você cuidasse de mim. Daqui a alguns anos, seremos idosos. Idoso sozinho é a coisa mais triste que existe, não existe nada pior. A nossa convivência poderia ser gostosa. Depende de planejamento. Tenho a impressão, parodiando Guilherme Arantes: “que o melhor das nossas vidas está para começar”. Todavia, poeta pertence àquela categoria de palavras que, durante certo tempo, caíram enfermas, em desamparada exaustão; eram evitadas e dissimuladas seu uso expunha-nos ao ridículo. E foi tão exauridas que, enrugadas e feias, transformaram-se em sinal de perigo. Aquele que, não obstante, se punha a exercer a atividade que, como sempre, prosseguiu existindo chamava a si próprio “alguém que escreve poesia”.

Portanto, hoje comemoramos o dia em que você apareceu ao mundo, minha amada. Já que veio para ser feliz, dedico-lhe essa carta em verso e prosa. Se for para esquentar, que seja no sol, de preferência ao meu lado. Se for para enganar, que seja o estômago. Se for para chorar, que chore de alegria. Se for para mentir, que seja a idade. Se for para roubar, que roube um beijo dessa pessoa que te ama. Se for para perder, que se perca o medo de revelar o amor que sentimos um pelo outro. Se for para cair, que seja na gargalhada. Se for para existir a guerra, que seja de travesseiros com a pessoa amada. Se existir a fome, que seja de amor. Se for para ser feliz, que seja o tempo todo. Se possível ao lado desta pessoa que te emociona. Porque o amor não é um sentimento qualquer, que se acha solto por aí todos os dias da sua vida. Se quisermos a felicidade, temos que correr atrás e não esperar que ela bata a nossa porta. Minha amada Vera, fazer aniversário não consiste em fazer anos. Mas, viver através de todos os anos a vocação que Deus lhe deu e confiou quando aqui chegou. Você é e continua sendo uma benção em nossas vidas. Parabéns pelos anos vividos. É um prazer caminhar ao seu lado. 

23 de março de 2016

SOMOS A NOSSA ALMA

Deus é a natureza e nos fez metade animal e metade divino. Nós fomos criados a imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26). Somos feitura sua, criados para o louvor da sua glória. Deus colocou em nós o fôlego de vida e fomos criados para sermos sua habitação. Ele fez tudo isso para vir morar dentro de nós. Por conseguinte, nosso corpo deve refletir a santidade de Deus. Para isso acontecer temos que cuidar de nosso corpo com zelo e amor. Carregamos na alma uma centelha divina. A tua alma é uma luz, não a extingas. Tua alma é um santuário, não a profanes. Tua alma é um poema, não lhe roubes a poesia. Tua alma é um mistério, silencia-lhe os segredos. Tua alma é um arco íris, contempla-lhe os primores. Tua alma é um sopro de Deus, defende-lhe a vida divina.

Se tudo isto é nossa alma, por que não fazes a nossa vida à imagem e semelhança de nossa alma? Certamente não foi o corpo que produziu a alma, e sim a alma que produz o corpo. É a alma espiritual que arquiteta o edifício material do nosso ser. É a alma o principio ativo que domina o elemento passivo. É a alma que pensa e que sente, que ama, imagina e recorda. É a alma que sobrevive imortal ao corpo mortal. É a alma que para uma vida nova ressuscita o corpo desfeito. Com o advento da morte, perdemos para sempre a nossa energia corporal e ganhamos eternamente um novo corpo, agora totalmente espiritualizado.

Portanto, se tudo isto faz a alma, por que das ao corpo as vinte e quatro horas do dia e nenhuma hora à alma? Por que não lhe das, em carinhosa solicitude ao menos uma hora por dia? Por que não a fazes respirar na atmosfera divina, quando desejosa de amor? Tenha caridade com tua alma, porque tua alma é tua vida. Você é tua alma. Contudo, o que está procurando é uma forma de experimentar o mundo onde vivemos. Que abra para a transcendência que o inspira. E que inspira a nós mesmos dentro do mundo. É isso que quer e é isso que a alma pede. Contudo, procuramos uma harmonia com o mistério que anima as coisas, que nos permita ver e sentir a presença divina. E saudar o Deus que existe dentro de cada um de nós. Você é tua alma, você é a divindade.

18 de março de 2016

SAUDOSA E QUERIDA MAMÃE

Perder uma pessoa que amamos é uma experiência terrível, um grande vazio é aberto em nossa alma e muitas vezes nunca mais conseguimos preencher este espaço e a lembrança dos bons momentos e tudo aquilo que vivemos e aprendemos consegue nos dar um pouco de conforto. Por que estou puxando para esse assunto nostálgico? Porque, exatamente hoje, minha mãezinha se estivesse viva faria cento e doze anos de vida neste mês março, pois ela morreu há seis anos. Não sou fruto do vosso ventre, mas ela me devolveu a vida e sustentou com o seu amor desde o primeiro dia que me adotou.

Minha querida e saudosa mamãe, quando eu era criança encontrei em teus braços a segurança. Muitas vezes quando estava indeciso, encontrava sempre em sua fé a certeza, naqueles momentos que já não sabia mais o que fazer. Foi nos seus exemplos que encontrei a esperança. O tempo foi passando e algumas vezes me afastei de ti. Hoje entendo que são os erros da juventude que faz a gente sentir invencível, outras vezes não a quis por perto, como faz a maioria dos jovens com seus pais. Com certeza, dos meus lábios saíram palavras que te ofenderam. Por sorte, o teu amor não era perecível. Para a minha sorte, a senhora nunca desistiu de mim.

Querida mamãe, o tempo passou e muitas coisas mudaram. Tive que aprender a ver o mundo com outros olhos. Muitas coisas mudaram nesses anos que a senhora partiu. Mas o meu amor pela senhora permaneceu inalterado. Quando partiu senti sua falta e minha vida afundou numa solidão só. Nem todas as lágrimas que chorei, foram suficientes para preencher o vazio que meu coração sentia. Tudo ficou triste, sem sua presença o mundo ficou frio e indiferente. Mas, hoje o passado se revela e percebo que a senhora nunca esteve distante. Seu amor sempre esteve comigo no passado e continua no presente preenchendo o vazio que ficou. Sua presença levarei comigo nas lembranças de um futuro longínquo. Saudosa mamãe carrego em meu coração uma parte de ti. Mesmo sendo uma parte, porém me sinto completo, pois nela está impressa a lembrança do amor verdadeiro.

Querida Lazinha, como era conhecida em Rubião Junior, distrito de Botucatu SP. Era uma mulher simples, mãos calejadas da lida rotineira, que aprendeu a curar das dores do mundo com sua fé em Santo Antônio e Nossa Senhora da Aparecida. Ela tinha o rosto iluminado pela labareda que tinha origem no fogão a lenha. Trazia consigo o dom de devolver à calma, que a vida tantas vezes insistiu em lhe roubar. Quando passa esse filme em minha memória, do fogão a lenha, panela preta escondendo a brancura do arroz feito na hora. É uma cena que meu coração nunca soube esquecer. Eis que o cordão umbilical do tempo me convida ao retorno a infância. É como se um fio me costurasse de novo ao colo da mulher que me segurou para continuar a vida e agora pudesse me regenerar. Vale lembrar, que saudade de mãe é ponte que nos favorece a um retorno a nós mesmos. Travessia que borda uma identidade muitas vezes esquecida, perdida na pressa que nos leva. Saudade de mãe é devolução, é ato que restitui o que se parte; é luz que sinaliza o local do porto, é voz no ouvido a nos acalmar nas madrugadas de desespero e solidão, através de uma frase simples: “Dorme com os anjos”.

Portanto, hoje, em que a vida me fez sentir criança de novo, neste instante que esta cena feliz tomou conta de mim, uma única palavra quero dizer: “Oh minha mãe, que saudade sinto da senhora”. Foste exemplo em todos os momentos de minha existência. Estimulou-me para as posturas essenciais da vida. Contigo tive as melhores lições de doação, alegria, respeito, compaixão, solidariedade, paciência, tolerância, misericórdia, enfim, o que é viver dignamente. Contigo aprendi, sobretudo, o valor do trabalho. Foi exemplo de amor ao próximo, aos animais, à natureza. Principalmente, em saber ser amiga leal e verdadeira. Mas, foi acima de tudo mãe. Como tudo passa sobre a terra, passamos todos. Talvez para quem saiba um dia, termos o prazer de nos encontrar seja lá onde for. Querida e saudosa mamãe, aceite o meu beijo nessa homenagem, não só pelo dia que me é consagrado, mas também pelo dia do seu aniversário, caso estivesse viva. Lazinha, minha saudosa mãezinha, onde estiveres que estejas bem. Sua benção minha mãe!

13 de março de 2016

LEMBRANÇAS AO MESTRE COM CARINHO

Este texto é tão bom que poderia ser meu, pena o autor ser desconhecido. Vou adaptar alguns trechos sem comprometer a essência do texto. Parto do pressuposto, que quando temos bons professores em sala de aula o resultado só pode ser esse, cuja história vou contar. É uma lição para toda a vida. Desde estudante até tornar-me professor sempre vi na leitura e na escrita, grandes possibilidades de comunicação com o mundo e com o universo humano. Por sua vez o estudante do ensino médio tem por obrigação dominar mecanismos de leitura e expressão escrita. Quando o professor pede esse tipo de tarefa para seus alunos, o objetivo deve ser aprofundar e dominar determinados assuntos e conhecimentos que o aluno ainda não tem. Propor ao aluno que crie uma espécie de diálogo com o texto estudado e não mera opinião isolada, sem relação alguma com a leitura. Sendo assim, cada um terá consciência de que o saber é para ser partilhado, ele não está fechado e acabado em cada texto que se produz. Todo ensaio literário sempre tem algo a acrescentar.

Pois bem, tenho grande apreço para com os bons professores de filosofia. Tendo em vista, que a gênese da filosofia é antes de tudo discutir a vida. Certa vez um professor de filosofia pediu aos seus alunos para escrever os nomes de cada colega da sala em dois pedaços de papel, deixando um espaço entre cada nome. Então, ele propôs para que eles pensassem na melhor coisa que eles poderiam dizer sobre cada um de seus colegas de sala e escrevessem nos papéis. Esta atividade levou quase a aula toda para ser terminada e, quando os estudantes saíram, cada um entregou seu papel ao professor filósofo.

Na semana seguinte o professor escreveu o nome de cada estudante em pedaços de papel separados e, abaixo de cada um deles, escreveu o que todos os colegas pensavam sobre ele. Quando chegou no dia da aula de filosofia, o professor deu para cada aluno sua lista. Depois de alguns minutos a classe toda estava sorrindo, com uma pergunta implícita: “Mesmo?” Ele escutou alguém sussurrar: “Eu nunca soube que significava alguma coisa para alguém!” Outro aluno comentou: “Eu não sabia que os outros gostavam tanto de mim!” Era um comentário só na sala de aula. Parecia a Praça de Ágora de Atenas, um local na Grécia Antiga, por excelência um lugar de manifestações das opiniões públicas. Esta era a ideia do professor de filosofia, cria espaço de espanto e admiração no grupo de alunos.  

O tempo passou, e ninguém nunca mais falou sobre o papel escrito na sala de aula. O professor nunca soube se discutiam sobre o papel escrito depois da aula ou com seus pais, mas não era nenhum problema para se preocupar. No exercício da sua profissão como educador tinha cumprido com seu objetivo. Os alunos gostavam da sua aula e estavam felizes com eles mesmos e uns com os outros. Depois de algum tempo, aquele grupo de alunos se dispersou. Muitos anos depois, um dos alunos foi morto na guerra do Vietnã e o professor ficou sabendo e foi ao funeral. Esse aluno ainda era lembrado pelo mestre. Pois o professor nunca tinha visto um patriota num esquife militar antes. No caixão parecia tão sereno e tão maduro, pensou o professor.

A igreja estava lotada de amigos. Um por um que o amava deu sua última caminhada até o esquife. O professor foi o último a abençoar o esquife. Enquanto o professor ainda estava por ali, um dos soldados que levava o esquife veio até ele e perguntou: “Você era o professor de filosofia do Mario?”. Ele balançou a cabeça e murmurou: “Sim! Ele era um dos meus alunos”. Então, disse o soldado: “Mario falava muito sobre você!” Naquele clima de tristeza, era preciso descontrair um pouco. Para atenuar aquela tensão e atualizar a conversa, muitos dos ex-colegas de Mario, após o funeral foram todos para uma lanchonete ali próxima. A mãe e o pai de Mario também foram a tal lanchonete, na expectativa de falar com ex-professor de Mario. Não aguentaram e foram direto ao ponto, disse o pai: “Nós queremos lhe mostrar uma coisa”. Tirou uma carteira do bolso e disse ao professor: “Eles acharam isso com o Mario quando ele foi morto. Nós achamos que você poderia reconhecer isso”.

Abrindo a parte do dinheiro, o professor cuidadosamente removeu dois pedaços de folha de caderno que foram dobrados varias vezes. O professor sabia, sem olhar, que aquele papel era o que ele tinha anotado todas as coisas boas que os colegas de Mario falaram sobre ele. Foi aí que a mãe de Mario disse: “Muito obrigado por ter feito isso!” O professor continuo firme ouvindo a mãe de Mario dizer: “Mario tinha isso como um tesouro!”. Naquele momento todos os colegas de Mario se reuniram em torno da mesa. Carlos sorriu e disse: “Eu ainda tenho a minha lista, está na primeira gaveta da minha escrivaninha em casa”. A mulher de Silvio disse: “Silvio pediu-me para colocar a lista dele no nosso álbum de casamento”. A ex-aluna Miriam disse: “Também tenho a minha, está no meu diário”. Outro colega de Mario, o Vitor, colocou a mão na sua bolsa e tirou sua carteira mostrando a lista para o grupo. Disse ele: “Carrego isto comigo o tempo todo”. E sem olhar em volta, ele continuou: “Acho que todos nós guardamos nossas listas”.

Entretanto, foi nesta hora que o professor emocionado, sentou-se e com os olhos cheios de lagrimas e a voz embargada. Ele estava triste por Mario e por todos os seus amigos que nunca mais poderão vê-lo. Apesar da tristeza, o professor soube naquele momento, a diferença que fez na vida de todas aquelas pessoas ao seu redor. Lembre-se: “você só colhe o que planta”. Todavia, o professor estava colhendo o que plantou na vida daqueles jovens: “Amor e Amizade”. Tudo que colocar na vida de alguém, volta para a sua, através da lei da atração. Então, espalhe bondade, seja generoso com as pessoas, propague sorrisos e faça alguém muito feliz.

Portanto, a vida é feita de oportunidades que nos é dado a todos os momentos. Aproveito desta lição de vida, por ser oportuno, formulo aqui algumas perguntas ao leitor: “Se alguém rezar pedindo paciência acha que Deus dará paciência? Ou Deus dará a oportunidade de ser paciente? Se pedirmos coragem, Deus nos dará coragem ou nos dará oportunidades de sermos corajosos? Se alguém pede que a família seja mais unida, acha que Deus une a família com amor e alegria? Ou da a eles a oportunidade de se amarem?”. 

8 de março de 2016

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Tudo começou no dia 8 de março de 1857 quando um grupo de mulheres entrou em greve numa fabrica têxtil em Nova Yorque. Ocuparam a fabrica para reivindicar a redução de 16 horas de trabalho por dia, para uma jornada de 10 horas. Estas operárias guerreiras, que recebiam menos de um terço de salário dos homens pelas 16 horas trabalhadas. Mas, infelizmente a manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fabrica que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente covarde e desumano. No ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o dia 8 de março passaria a ser o “dia internacional da mulher”, em homenagem as mulheres que morreram na fabrica em 1857.

Tal situação contra a mulher não parou por aí. Convém recordar, que foi em 1862 durante as eleições municipais que as mulheres puderam votar pela primeira vez na Suécia. A partir de 1871 a Princesa Isabel, foi a ultima princesa imperial do Brasil e regente do Império por três ocasiões. Conhecida por acabar com a escravidão no Brasil. Em 1925 Margaret Thatcher, a dama de ferro, foi à primeira mulher a dirigir uma democracia moderna, eleita primeira ministra do Reino Unido. Em 1951 foi aprovado pela Organização Internacional do Trabalho a “igualdade” de remuneração entre trabalho masculino e feminino. Em 1975 através de um decreto, a data do dia 8 de março, foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas). Outra grande mulher brasileira, a biofarmacêutica Maria da Penha (1945), que lutou para que seu agressor viesse a ser condenado. Hoje ela é líder de movimentos de defesa dos direitos da mulher, em sua homenagem foi criada a “Lei Maria da Penha”. Em 2010 Dilma Rousseff é eleita a primeira Presidente mulher do Brasil. As mulheres vêm conquistando o mundo, através de protestos. Depois de tanta exploração estão dando a volta por cima. Estão mostrando que são fortes o suficiente para enfrentar o mundo.

Entretanto, com a segunda Guerra Mundial (1939-1945), o parque industrial foi atingido e a mulher entrou definitivamente para o mercado de trabalho. Teve acesso a esta fonte de poder e possibilidade da sua emancipação. Deve-se dizer que durante séculos, a mulher foi privada do orgasmo por ele não estar vinculado à procriação. Só mais tarde o orgasmo feminino passou a ser admitido como fonte de prazer. A mulher que atingia o orgasmo sem o amor correspondente por um homem, era vista como prostituta ou ninfomaníaca, era tratada como uma mulher ordinária. Muitas mulheres ainda hoje acreditam que compete aos homens orientá-las com relação à sua iniciação sexual e se frustram quando percebem que os homens pouco ou quase nada sabem a respeito do corpo feminino ou de como conseguir levá-la até a uma situação de excitação e orgasmo. Mesmo a descoberta da sexualidade através da masturbação é frustrante, limitada, tênue, empobrecida, rápida e carregada de ansiedade para a mulher.

Por outro lado, a mulher também está se tornando livre do ponto de vista profissional. Uma mulher moderna, razoavelmente bem sucedida na vida, independente, bonito e inteligente, de certo modo assusta os homens. Porque a maioria deles não tem tanta competência assim e nem maturidade para tanto. O machão latino, não tem coragem de se propor ou de casar com mulher que ele sente que é superiora. Ainda hoje conheço mulheres com grande potencial intelectual que casaram, não digo com homens incompetentes, mas, homens mais comuns com pouca formação escolar e muito autoritários. Elas submeteram-se inteiramente para que eles não sentissem feridos no seu amor próprio. Talvez esteja aqui, o começo de todas as loucuras humanas e preconceitos, que ainda hoje em pleno século vinte um atenta contra a mulher. Deixar de ser ela mesma, para ser o que o outro quer, é viver uma vida de obrigação e culpa. Vida de obrigação causa doenças psicossomáticas. Vale lembrar, que viver com medo é viver pela metade.

A mulher é um efeito deslumbrante da natureza. Deus fez a mulher em tudo encantadora e linda, como a mais consciente obra prima da natureza. Admiro a mulher, mas, o que mais fascina é sua garra e coragem diante de tantas discriminações que sofreu e ainda sofre. Tendo em vista, que o primeiro sinal de vida humana brotou do ventre de uma mulher, suas primeiras palavras foram transformadas em gestos de amor. Seus lábios nos tocaram, como um afago inundado de carícias e acolhimento. Nossa primeira lágrima logo foi extinta por ela, juntamente com o nosso suspiro, frequentemente exalados no ouvido da mulher mãe. Porque o nascimento não é somente um ato, e sim um processo, que a mulher mãe acolhe em seu coração para sempre.

Portanto, a mulher é por natureza consagrada a “deusa do amor”, pelo encanto e a beleza dos gestos que traduz sua sensibilidade sedutora. Essa mulher que sorri sofrendo e carrega em seu ventre o fruto do amor. Seus olhos brilham mais que o sol nascente. Não sei se há palavras suficientes para descrever a importância da mulher, essa figura tão nobre que a natureza a sofisticou. O que seria de nós homens e do mundo sem a mulher? O sol de saudade morreria e a lua de tristeza haveria de se esconder. O planeta não sobreviveria. Pela mulher qualquer homem consciente, daria sua vida, lutaria bravamente até a morte. A mulher é emoção incontida, disposta a todo o momento entregar seu coração palpitante e sua alma generosa. Vale lembrar, que todo homem tem uma mulher especial em sua vida. Olhando para essa mulher, singela e pura paixão, às vezes com lágrimas deslizando em seu rosto, seria de bom tom, que todos os homens escutassem seus corações falando baixinho, “estou feliz por você existir”. E no mesmo tom agradecesse a Deus por nos dar esse presente. Pois, é através da mulher que chegamos ao mundo. Foi por causa dessa combinação de genes, que estou aqui escrevendo, para você mulher, menina dos meus olhos.

Parabéns a todas as mulheres de todas as idades, de todos os credos, raça ou cor, vocês merecem todo o nosso respeito, falo na qualidade de homem, como um representante da categoria masculina. Em particular dedico esta reflexão a quatro mulheres especiais, que detém da cópia original do meu coração. Com elas aprendo sempre as coisas do coração e da alma feminina: Maria Eduarda, Danielle Morais, Vera Galhardi e Lazinha (esta ultima – in memóriam). 

5 de março de 2016

DESEJO DE AMAR JUNTOS

Abro o mês de março citando três datas especiais, que para mim denota amor, poesia e inspiração. Sendo a primeira o “dia internacional da mulher”, depois o aniversário “in memoriam” da mulher que me deu o direito e a dignidade a vida, que havia sido negado quando nasci por ignorância e hipocrisia de falsos moralistas. Não se abandona uma criança recém-nascida em nome dos costumes sociais que tanto endeusamos. E a terceira data, coincidentemente cairá no dia da Páscoa, onde pretendo prestar uma homenagem a essa pessoa especial, que me ensinou o verdadeiro sentido do caminhar e amar juntos. Com ela aprendi que não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho. Sendo assim, para dar uma conotação mais poética a esta reflexão, reporto-me ao poeta e dramaturgo francês Victor Hugo (1802-1885), que é referência bibliográfica de pesquisa no meu projeto na Unicamp, que tem como tema: “poesia e literatura na educação”.   

Para melhor compreender essa relação que envolve desejo, sedução e amor, tanto no homem como na mulher. Porém, teoricamente seria simples de explicar, mas, na vivência só os poetas são capazes de revelar aquilo que todos nós sabemos sentir, mas, quase nunca sabemos expressar. Por que será que o olhar da sedução é tão fascinante a ponto de despertar inesperadamente o desabrochar da paixão? Aqui está um enigma para os amantes pensar. No amor, ninguém pode dizer que foi, pois, quando se ama verdadeiramente, quem foi sempre será. Cito novamente o poeta francês Victor Hugo, quem melhor traduziu na integra esse sentimento do qual degusto como um bom vinho, pois, a essa altura da vida já estou embriagado ao ponto de parafrasear o poeta:

Desejo primeiro que você ame e que amando, também seja amado. E que se não for, seja breve em esquecer. E que esquecendo, não guarde mágoa. Desejo, pois, que não seja assim. Mas se for, saiba ser sem se desesperar. Desejo também que tenha amigos. Que mesmo maus e inconsequentes, sejam corajosos e fiéis. E que pelo menos em um deles você possa confiar sem duvidar. E porque a vida é assim. Desejo ainda que você tenha inimigos, nem muitos, nem poucos. Mas, na medida exata para que algumas vezes você se interpele a respeito de suas próprias certezas. E que entre eles haja pelo menos um que seja justo. Desejo depois, que você seja útil, mas não insubstituível. E que nos maus momentos quando não restar mais nada, essa utilidade seja suficiente, para manter você de pé. Desejo ainda que você seja tolerante. Não com os que erram pouco, porque isso é fácil, mas com os que erram muito e irremediavelmente. E que fazendo bom uso dessa tolerância você sirva de exemplo aos outros. Desejo que você, sendo jovem, não amadureça depressa demais. E que sendo maduro não insista em rejuvenescer. E que sendo velho, não se dedique ao desespero, porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor. Desejo, por sinal, que você seja triste, não o ano todo, mas apenas um dia e que nesse dia descubra que o riso diário é bom. O riso habitual é insosso e o riso constante é insano. Desejo que você descubra, com o máximo de urgência, acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos, injustiçados e infelizes. E que estão bem à sua volta. Desejo ainda que você afague um gato, alimente um cuco e ouça o joão-de-barro erguer triunfante o seu canto matinal porque assim, você se sentirá bem por nada. Desejo também que você plante uma semente, por menor que seja e acompanhe o seu crescimento, para que você saiba de quantas muitas vidas são feitas uma árvore. Desejo, igualmente, que você tenha dinheiro, porque é preciso ser prático. E que pelo menos uma vez por ano coloque um pouco dele na sua frente e diga: “isso é meu”. Só para que fique bem claro quem é o dono de quem. Desejo também que nenhum de seus afetos morra por eles e por você, mas, que se morrer você possa chorar sem se lamentar e sofrer sem se culpar. Desejo por fim que você sendo homem, tenha uma boa mulher e que sendo mulher, tenha um bom homem. Que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes e quando estiverem exaustos e sorridentes, ainda haja amor pra recomeçar. E se tudo isso acontecer, não tenho mais nada a lhe desejar.”

Portanto, o sol está dentro de cada um de nós. Sorrir para a vida é acreditar em si e poder dizer que bom estar aqui, que bom estar vivo, que bom ser eu. Esse é o caminho para alcançar a luz e o brilho que irradia da própria existência e acalentar a crença em nós mesmos. Acreditamos no próprio sol, ele mora no “Eu cósmico” que ilumina tudo e a todos. Contudo, existe uma coisa maior que o mar, que é o céu. Existe um espetáculo maior que o céu, que é o interior de uma alma.  

2 de março de 2016

EDUCAÇÃO DEFORMADA AMOR SUBLIMADO

Nossa educação é feita para quebrar qualquer personalidade, menos para educar. No entanto, repetimos a educação que recebemos, na certeza de que estamos dando o melhor de nós aos nossos filhos. Continuamos perpetuando os mesmos erros e nada mais. Podemos citar como exemplos, pessoas que surgem e brilham intensamente em nossas vidas e passam rápido, deixando marcas profundas em nosso ser. Uns se instalam em nossos corações de forma que jamais os esquecemos. Outros caminham conosco, dividindo momentos de alegria e tristeza, outros ainda partem e nunca mais os encontramos. Entretanto, em todos os encontros nenhum ocorre por simples e mero acaso, de modo que cada pessoa deixa sua marca registrada em nossa memória, no mural do espaço sagrado da saudade. A questão é que não sabemos compartilhar esses nobres sentimentos. Gostamos de receber, mas, não aprendemos a cultivar. A única maneira de se ter um amigo é ser um.

A vida é um grande mistério, uma aventura extraordinária. Tendo em vista, que nada acontece por acaso e todos os encontros deixam registros em nossa memória, se houve algum encontro íntimo e de boa qualidade esse registro fica no DNA. Como um carimbo, difícil de ser apagado. Porém, o que torna realmente a vida bela e faz tudo valer a pena, resume-se em uma simples palavra que poucos compreendem o seu significado: “amor”. Todavia, confundimos amor com sentimento de posse, apego e paixão, mas, ainda estamos distante do real significado desse sentimento sublimado. Nesse sentido, o amor verdadeiro é sublime, nada exige em troca, nada espera, não condena e é capaz de renúncias grandiosas. Afinal, o que leva uma pessoa a ser egoísta? Por que da dificuldade em dar e receber amor? Por que desconfiamos e duvidamos do amor? Nossa natureza reclama a falta desse contato interpessoal e essencial para nossa sobrevivência.  

Entretanto, esses conflitos afetivos que trazemos não os herdaram por acaso. Nessas condições, todos os fatores educativos têm sua origem na tera idade, ou seja, na infância. Criar circunstâncias favoráveis ao desenvolvimento em família não é uma questão simples, diante da educação deformada que herdamos. Pais que tem autoridade frente à família, não precisa fazer valer a sua dignidade, pois é capaz de tolerar opiniões contrárias à sua, permite que os membros da prole expressem uma vontade própria, colocando-o após isso, em discussão autêntica e racional a questão em pauta. Parafraseando o psiquiatra e educador Içame Tiba (1942-2015): “Quem ama educa com limite. Quem cria da tudo sem limite”. Aquele que tem autoridade não precisa parecer diante do outro como um Deus, infalível, mas pode se apresentar como adulto passivo de erros. Não precisa apelar para a punição ou ofensas para mostrar que está certo ou que tem autoridade. Obediência fundamentada no medo não tem duração.

Todavia, há uma gama imensa de possibilidades de erros na educação de criança que podem ser cometido pelos pais e educadores. Em muitos casos pode haver uma relação bastante estreita de amor entre pais e filhos. Mas como os pais também tiveram uma educação inadequada e, muitas vezes, são ignorantes, os filhos naturalmente, sofrerão as consequências nas futuras relações. Os estudos vêm mostrando nos últimos anos o aumento de pessoas desorientadas e desajustadas psicologicamente, que não são capazes de amar. Essa deformação no mínimo começa na família. Crianças que cresceram em atmosfera desprovida de amor, que não se sentiram amadas nem pelas próprias mães, têm a tendência a se sentir durante toda a vida como pessoas aptas a receber amor. Estarão sempre à procura daquela pessoa que será capaz de dar-lhes aquilo que foi negado na infância. Vivem como se fosse obrigação dos outros a amarem. Ninguém da o que nunca teve?

Portanto, inconscientemente agirão sempre como criança, que necessitam da ternura da mãe ou do pai e que desesperadamente procuram ser amadas, sendo, contudo, incapazes de amar e dar amor. São essas relações doentias do tipo egoísta que está muito mais propenso em cobrar atenção e amor do que dar carinho e amar quando estão tomados de amor. Amor não é uma coisa que aparece a todo o momento em nossas vidas. E quando aparece jogamos no lixo, por insegurança ou medo de não ser feliz. Qual a garantia do amor senão vivê-lo? Contudo, a mais sublime prova de amor que o Nosso Pai Maior nos deixou foi na cruz: “Senhor perdoa-os porque não sabem o que fazem”. Esse é o amor desvelado, sublimado, em sua essência mais pura, que perdoa incondicionalmente, que compreende sem exigências, serve sem apego e ama com desprendimento. Um dia, todos comungarão na sintonia do amor sublimado e vivenciado por Jesus. Devemos perdoar nossos pais por sofrerem do mesmo mal que sofremos hoje. Vamos repensar a nossa educação para não estragar as futuras gerações. O amor é o símbolo da nossa própria existência.

O DISPERTAR DA INTELIGÊNCIA NO HOMEM

“ Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará ”. Palavras ditas por Jesus Cristo. Para o filósofo e educador Humberto Rohden, somente at...