27 de julho de 2014

É POSSÍVEL AMAR INCONDICIONALMENTE?

Invariavelmente, as juras de amor são acompanhadas do desejo e da exigência de ser amado. O amor pressupõe reciprocidade. O amor exige amar e cuidar recíproco. Claro, há o amor não correspondido, mas ainda que sobreviva à ausência do ser amado, mesmo que seja chamado de amor, o nome mais propício é sofrimento. Na paixão, de fato, também há sempre um sofrer. Como afirma meu amigo o Professor Antônio Ozaí da Silva da Universidade Estadual de Maringá: posso continuar a amar, e neste sentido é incondicional. Mas a recusa do amor ou a impossibilidade de realizar-se o transforma em sofrer, angústia e dor. Pois o amor exige materializar-se reciprocamente.

Por outro lado, o amor condicional é possessivo. É típico daquele amor que quer sempre mais, aspirar a uma fusão total que lhe escapa. Esse amor caminha mergulhado no egoísmo, impulsionado pelo o ciúme, o desejo de exclusividade. O ciúme pede, como o antigo Deus de Israel: não terás outro Deus além de mim. O sentimento exacerbado de posse desconfia de tudo, é fruto da insegurança. Daí a necessidade de controle. Como argumenta Ozaí: há amores possessivos, amores angustiados, que se reduz quase que exclusivamente ao controle físico e mental do outro. Há amores-ódio, amores-poder em que o amante é o carcereiro do amado, preocupado apenas com que ele possa evadir-se da prisão. O carcereiro teme os amigos porque estes são janelas por onde o prisioneiro vê a liberdade, e por onde pode escapar. Começa, então, uma sutil luta contra a amizade. O amor-paixão é êxtase, mas também pode ser cárcere. O amor condicional requer algum tipo de troca, é finito. O amor é dado apenas com base em determinadas condições satisfeitas pelo parceiro, ao contrário do amor incondicional. Que ama simplesmente sem nada esperar em troca.

Entretanto, no relacionamento entre um casal, quem tem amor incondicional ama sem ter razões ou pré-requisitos. Dedica-se totalmente à relação, transformando o amor em uma ação praticada a todo instante, de variadas formas. O conceito é semelhante ao amor verdadeiro. Cuide para que não queiras receber mais do que tens a oferecer, por que há coisas que exigem extrema reciprocidade para que sejam possíveis. Pauta esse sentimento na confiança e no respeito.

Para que um litro de água preencha um vaso, é preciso que este vaso tenha espaço para aquele um litro de água, pois se ele não tiver espaço suficiente, ele transbordará e a água sofrerá. De modo semelhante, a água precisa estar na medida certa que o vaso comporta, ou deixará espaço vazio, e aí será o vaso que sofrerá. Com nosso próximo é preciso proceder da mesma forma; se quer viver um imenso amor, é preciso que cultives um espaço imenso em teu coração. E, se mais que isso, deseja um amor incondicional, o teu amor precisa ser incondicional primeiro – sempre, e sobre todas as coisas, ou ele deixará de ser incondicional.

Portanto, o amor verdadeiro, maduro, é livre, é incondicional, sabe ceder e perder com serenidade para o bem da pessoa amada; sabe viver quando tem o bem e também quando não tem; sabe dialogar e chegar a conclusões maduras e sensatas. O amor não nasce pronto, de uma vez, tem que haver vibração tem que ser harmônico. Amar é comprometer-se, como um amigo, companheiro, nas horas felizes e tristes, é ser honesto, sincero, confiante, verdadeiro em palavras e atitudes. O amor é como uma rosa, mas para que essa rosa exista, é preciso que existam também espinhos. Mas mesmo assim, o amor ainda é a maior força que existe em nós, é só o amor que nos transforma que nos amadurece. Se não aceitarmos de coração aberto à dinâmica transformadora do amor, estaremos definitivamente negando a crescer e permanecer sempre infantil. Hoje posso dizer: o que eu sou é o que me faz viver.

26 de julho de 2014

DEUSAS DO AMOR INCONDICIONAL

Amor incondicional significa amor pleno, completo, absoluto, que não impõe condições ou limites para se amar. Quem ama de forma incondicional não espera nada em troca. O amor está em primeiro lugar. O amor incondicional é generoso, altruísta e infinito. É o típico “amor de mãe”, que é dado livremente, independente do que recebe de volta.

Quero apresentar nesta reflexão duas grandes mulheres que deram plena demonstração de amor incondicional pelos seus filhos. Começo pela minha mãe que escolheu ter um filho adotivo. Talvez seja esse o maior exemplo de amor incondicional por um filho que não carrega seu DNA. Sou filho do coração e fruto da compaixão dela. Tive o privilégio de conviver com essa mulher durante cinquenta e nove anos de minha vida. Dona Lazinha como era conhecida em Rubião Junior, distrito de Botucatu interior de São Paulo. Hoje existe neste lugarejo, uma rua que leva o seu nome.

Ser mãe é assumir de Deus o dom da criação, da doação e do amor incondicional. Ser mãe é encarnar a divindade na terra. Amar alguém incondicionalmente é não nos preocuparmos com o que essa pessoa é ou faz. O amor de mãe por seu filho é diferente de qualquer outra coisa no mundo. Ele não obedece às leis do homem, ele ousa todas as coisas e extermina sem remorso tudo o que ficar em seu caminho. A mãe compreende até o que os filhos não dizem.

A segunda mulher que tive o prazer de conhecer, a qual admiro muito, teve dez filhos e os amavam com toda a sua força, tinha o mesmo cuidado de uma leoa por sua cria. Dona Leonor Galhardi, uma mulher sofrida que educou basicamente sozinha seus dez filhos. Hoje todos adultos e bem sucedidos nas suas profissões. Alguns próximos e outros distantes. No entanto, a sua preocupação e seu amor incondicional continua com os netos e bis netos. São duas grandes mulheres, uma não está mais entre nós e a outra permanece firme e muito viva, com a mesma doçura de mãe zelosa, por isso a vejo como uma dádiva da vida. No meu coração mora essas duas divindades que aprendi amar.  

Tudo é incerto neste mundo hediondo, mas não o amor dessas duas mães. Aprendi com elas que mãe é amor sincero sem exagero. Maior que o teu amor, só o amor de Deus. Aprendi que é uma árvore fecunda, que germina um novo ser. Teus filhos, mais que frutos, são extensões de sua vida. Aprendi com elas que são capazes de doar a própria vida para salva-los. E muito desses filhos não dão valor. Quando crescem, esquecem que tiveram uma mãe. São poucos, os filhos que reconhecem. Mas, Deus nunca lhe esquecerá. E abençoará tudo que fizerdes aos seus filhos. Peço ao Pai Criador que abençoe todas as mães conscientes do seu dom de trazer ao mundo vidas.

Entretanto, um filho precisa ver o risco que é ser mãe. Tudo é cirurgia, mas ela aceita com alegria. O filho que vai nascer. Obrigado é muito pouco, presente não é tudo. Mas, o reconhecimento, isso sim, é pra sempre. Meus sinceros agradecimentos por este momento. Maio, mês referente às mães, embora seja bom lembrar. Dia das mães, que alegria é todo dia. Dona Lazinha que hoje mora no céu e Dona Leonor que mora na terra. Entre o céu e a terra está o nosso coração, que habita essas duas deusas do amor incondicional.         

Portanto, para os cristãos, Deus teve um amor incondicional pela humanidade quando entregou Jesus Cristo, o seu único filho, para ser sacrificado. Deus ama de forma incondicional porque ama a todos. De acordo com a passagem da Bíblia em 1 Coríntios 13:4-7, "o amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. 

21 de julho de 2014

VERDADES SÃO DESNECESSÁRIAS?

Este é o tema que não quer calar e pode gerar muitas e muitas discussões. Mentir é o oposto da verdade. Mentir geralmente envolve dizer uma falsidade a alguém que tem o direito de saber a verdade, e fazer isso com a intenção de enganar ou prejudicar a este ou a outro.  Já o omitir é esconder fatos ou coisas que aconteceram ou estão acontecendo. Quantas vezes precisamos mentir ou omitir algo nas nossas relações, desde aquele telefonema da colega da faculdade ou o e-mail do colega de trabalho, marcando um chopps à noite. Omissões e mentiras acompanham a vida de muitos casais, pessoas que mentem não querem ser julgadas pelo mau caráter, mas muitas vezes por salvar uma relação de amor.

Saiba o que terá de enfrentar ao escolher entre contar tudo sobre um deslize, mentir ou omitir. Quando uma verdade a seu respeito parece dolorida demais para o seu parceiro, você pode seguir por três caminhos: feri-lo, mas contar tudo o que aconteceu ou omitir algo para o impacto ser menor ou até mentir para poupá-lo – e poupar-se. Para ajudar a escolher a melhor trilha, Rosana Braga, autora do livro Faça o Amor Valer a Pena (Ed. Gente) e a psicóloga Olga Tessari, autora do livro Dirija a Sua Vida sem Medo (Ed Letras Jurídicas), ambas de São Paulo. Eis o que elas aconselham: Tá na berlinda? Se você fez algo condenável ou polêmico e ainda não sabe como contar, restam-lhe três alternativas – e suas prováveis consequências:

1) Mentira: Se a relação é legal, isso não será preciso. "A mentira está ligada à baixa autoestima", diz Olga Tessari, salientando que uma história mal contada sempre leva à outra e à outra. Consequência: "Não existe mentira perfeita", assinala a especialista. E também não há regras para a reação do parceiro, que pode ir do perdão irrestrito ao rompimento. "Isso vai depender da importância da pessoa na vida do outro".

2) Omissão: Rosana Braga é taxativa. Segundo ela, alguns fatos não acrescentam nada à relação, especialmente os que só machucam sem contribuir para a evolução da parceria. Consequência: Se o namorado descobrir a omissão, ele pode se sentir traído. Mas, nesse caso, como não foi criada nenhuma história, será mais fácil explicar.

3) Verdade: A verdade é sempre melhor, diz Olga Tessari. Rosana alerta: "Só tome cuidado para não achar que deve contar absolutamente tudo e perder a individualidade na relação." Consequência: Depende de cada um e do estágio da relação do casal, mas pode ir desde o fortalecimento da relação até o fim da história entre os dois.

Portanto, a maior consequência da mentira ou omissão, vem do ciúme dos parceiros. O ciúme é uma emoção agressiva e não amorosa. O ciúme é o pior sentimento humano, porque ele impede a generalização do amor. A vítima do ciumento fica permanentemente prevenida e desconfiada, isto é, significa que uma parede se estabeleceu entre ambos. Começa a se reduzir toda possibilidade de intimidade, de confiança e de entrega. Contudo, se alguém disser que seu ciúme é sinal de amor, fuja desse amor, porque ele vai te consumir. Contudo, hoje compreendo que poetas são todos aqueles que amam e sentem as grandes verdades e as dizem: a grande verdade das verdades é o amor

20 de julho de 2014

AMOR O AVESSO DA VIDA

Algum tempo venho pensado muito sobre o que é viver e se o amor tem alguma relação com a vida. Depois de viver muito e experimentar no corpo e na alma esse sentimento, cheguei a seguinte conclusão: A vida explora e o amor é explorado. São antagônicos, incompatíveis, mortais inimigos. No dia e na hora em que isto compreender, melancolia profunda te envolverá a alma e angústia imensa te invadirá o coração. Procurarás fugir deste mundo imperfeito e paradoxal, porque não podes amar sem viver, nem queres viver sem amar.

Entretanto, viver é lutar e amar é ser imolado. Para conquistar o espaço vital, é necessário matar o vizinho e para amar é necessário deixar-se matar. Nós temos uma lei e segundo a lei ele deve morrer! Crucifica o Cristo e solta o ladrão Barrabás! Crucifica o amor e põe em liberdade o explorador.

A vida é violenta, cruel, sem coração; afirma-se à custa da força, da violência física e moral o crepitarem da metralhadora ao furor mortífero das palavras afiadas e cortante, que detona o espírito mais generoso e benevolente. A luta pela existência elimina impiedosamente o que é fraco e conserva o que é forte, sendo que o mundo material possa envolver-se conservando os mais fortes.

O amor ampara o que é frágil, abraça o que é imperfeito, acolhe o serzinho enjeitado, agasalha o órfão anônimo, enxuga as lágrimas da viúva, pensa as chagas do leproso, oscula os farrapos do mendigo, volta às costas ao que é forte e feliz e busca sempre o que é fraco e infeliz. O amor é o avesso da vida. É a face noturna dessa vida que folga aos fulgores da zona diurna. É a fuga do zênite e a demanda do nadir da existência humana.

A vida mata para não morrer. O amor se deixa matar para que o outro possa viver. O amor cede ao outro o seu lugar ao sol e submerge nas sombras dele mesmo. Só pode ter amor o homem que se libertou da escravidão da matéria. Independência ou morte! Ou proclamar a soberania do espírito sobre a brutalidade da matéria ou então o amor assassinado pelo egoísmo da vida. O amor é a mais poderosa afirmação do espírito. É uma antecipação da suposta vida eterna, onde será absoluto o domínio do espírito.

Portanto, quando terminar esta vida mortal, sucederá à atual desarmonia para reinar a mais perfeita harmonia entre o amor e a vida que já não existe mais. Mas, ficará na lembrança a memória do amor que desafiou a vida. Não haverá mais explorador e nem explorado. Celebrarão o amor e a vida um tratado de paz e cantarão a sinfonia da grande e imperturbável felicidade. Se a vida for eterna. O amor será imortal.

19 de julho de 2014

DA AFINIDADE AO CONTATO AMOROSO

Vamos examinar de perto uma das coisas mais linda da natureza humana que é o encontro amoroso. Esse contato vivo de intimidade profunda, de total embriaguez amorosa é estimulado pelas afinidades que nutre um pelo outro. O fato de vislumbrar alguém que primeiro nos prendeu pelo olhar, o sorriso, pela conversa agradável, é nesse momento mais feliz que chegamos o mais perto possível, nos abraçamos, nos acariciamos, trocamos beijos, começamos a fazer agrados. Quantas qualidades transcendentes se manifestam nesse momento. Dizemos contato vivo porque nem todos os contatos são vivos. Podemos estar junto de uma pessoa por algum tempo, e não sentir nenhuma vibração, não da química, não há comunicação. Quando há afinidade, trocas de olhares e uma boa comunicação entre ambos, começa ocorrer fatos que só podem ser chamados de transcendentes.

Entretanto, é um momento de iluminação a dois, a luz de um reflete o brilho do outro. Quando estamos num bom momento para os dois, vai descendo sobre nós uma espécie de campânula nos aquecendo e, ao mesmo tempo nos isola do mundo. São duas pessoas em estado de graça e mais nada. Poderíamos comparar esta sensação de isolamento a dois como a formação de um casulo. Ocorre o isolamento porque vai acontecer uma coisa muito importante e muito delicada aqui. Nesse momento só existe os dois no universo. A melhor prova da existência desse casulo, de que ele é natural e não cultural. A experiência nos diz que um dos piores amores é quando duas pessoas se fecham entre si num autismo a dois.

Todavia, quando digo que o amor verdadeiro é interpessoal e precisa da presença física do outro, é claro que não estou dizendo no sentido de sufocar o outro, mas, no sentido de contemplar o amor que brotou a partir dessa afinidade interpessoal. Pois, no relacionamento virtual não se pode dizer que é amor. Sem a presença física nada é real, pura fantasia. Porém, é no encontro com o outro que descobrimos o sentido do amor e nos realizamos nele. Na verdade, quando ocorre esse momento de eternidade, logo depois as pessoas começam a cobrar a eternidade concreta, o para sempre. Aliás, o que dura para sempre?

Portanto, estar sempre junto é bom, mas respeitando a individualidade de cada um. Generosidade no amor enaltece a alma e nos acalma. Neste caso, até pode ser para sempre. Principalmente quando se está envolvido nesse jogo erótico, lento, prazenteiro e muito excitante, faz com que saímos do tempo e do espaço, sentimo-nos dentro de um casulo, tudo fica leve. Momento ímpar e mágico da vida a dois. O estado de encantamento amoroso parece não ter fim. Não sei se durará para sempre. Mas a sensação é a de sermos felizes para sempre. Se não for automático, nem enfadonho, então é criação contínua e solida de um amor de boa qualidade. Renovamo-nos um no outro. Embriagamos da mesma Essência.

17 de julho de 2014

EFEITOS DA INFIDELIDADE VIRTUAL

O que pensa os especialistas sobre as relações virtuais? Parece que a internet tornou-se uma ferramenta importante no mundo contemporâneo. Depende muito de como usá-la e para que usá-la. A internet pode ser um meio de encontrar amizades, assim como um meio de descobrir uma nova paixão e até mesmo encontrar um grande amor. Como se trata de uma rede virtual até um novo estímulo sexual é possível nesses encontros, principalmente, quando a pessoa está vulnerável e carente. Temos que admitir que seja um meio muito envolvente, isto é, um aperitivo para quem procura através das redes virtuais, encontrar a solução para resolver os seus problemas de solidão. De que sofre a grande maioria, mesmo os casados.

Entretanto, muitos relacionamentos começam na vida virtual. Troca de e-mails ou mensagens carinhosas via MSN, podem transformar-se em algo mais. Por essa razão, muitas pessoas usam a internet como maneira de encontrar o par perfeito. Mas o grande problema está na infidelidade virtual, grande ameaça dos relacionamentos modernos. Será que esse comportamento pode ser considerado uma traição real?

Segundo o Art. 1566 do Código Civil Brasileiro, a troca de mensagens virtuais cujo conteúdo revele um envolvimento amoroso ou a intenção com um terceiro, evidencia a quebra do dever de fidelidade e pode ser encarado como causa para um pedido de separação judicial, por exemplo. A fidelidade remete à lealdade de um dos cônjuges para com o outro, e o descumprimento deste dever ocorre, genericamente, de duas formas: "por meio da conjunção carnal de um dos cônjuges com um terceiro ou de atos que não revelem, à primeira vista, a existência de contato físico, mas que demonstrem a intenção de um comprometimento amoroso fora dessa relação, um dos cônjuges deixa escapar para outro que existe um amigo virtual encantado e querendo conhecê-lo melhor", argumenta Dra. Juliana Marcondes Vianna, advogada da Katzwinkel e Advogados Associados.

O mundo virtual torna-se um problema quando vira uma fuga para tentar resolver algo real. Não existe dor maior ou menor, o peso da traição é o mesmo sendo virtual ou real. “Se o casal concordou que não admite paqueras virtuais, a traição será tão dolorosa quanto qualquer outra. Já se o casal concorda que isso não é problema, então a paquera sequer chegará a ser considerada traição”. O outro pode conversar a vontade nas salas de bate papo com amigos virtuais, que isso não irá afetar a relação de ambos. Desde que exista fidelidade entre o casal.

Portanto, conhecemos vários casos de paixão na internet e sabemos que não é muito difícil o surgimento desse sentimento virtual. Porque o amor verdadeiro é real demais, além de ser interpessoal precisa da presença física do outro, pois esse amor não sobrevive no relacionamento virtual. O amor quando realmente existe é como a muralha romana, nada derruba e seu aplicativo é para sempre.    

13 de julho de 2014

PARA SUA REFLEXÃO

Não espere um sorriso para ser gentil. Não espere ser amado para amar. Não espere ficar sozinho para reconhecer o valor de quem está ao seu lado. Não espere ficar de luto para reconhecer, quem hoje é importante para você. Não espere o melhor emprego para começar a trabalhar. Não espere a queda para lembrar-se do conselho. Não espere a enfermidade para reconhecer, quanto é frágil a vida. Não espere ter muito dinheiro para então contribuir. Não espere por pessoas perfeitas para então se apaixonar. Não espere a mágoa para pedir perdão. Não espere a separação para buscar a reconciliação. Não espere o elogio para acreditar em si mesmo. Não espere a dor para acreditar em oração. Não espere a sua morte sem antes acreditar na vida. Seja sempre autêntico, assertivo e único.

12 de julho de 2014

ENCONTROS E DESENCONTROS

Percebo que as pessoas estão muito exigentes em relação ao amor.  Qualquer passo em falso: Adeus!  Não aceitamos erros alheios. Não aceitamos qualidades no outro que, para nós, sejam defeitos. Queremos que todos estejam conectados com nossas expectativas. O que nos é possível, não nos interessa. Almejamos o perfeito. O irreal. O ilusório. Queremos sempre o melhor, mesmo que o “melhor” não se adéqua à nossa vida.

Vivemos na verdade, a era da Intolerância. Do imediatismo.  Da falta de paciência. No meio do caos, esquecemos o essencial: para se relacionar, é preciso estar aberto. Ser tolerante e compreensivo. Ter uma boa dose de bom senso. Entender que pessoas não são descartáveis. Não existe manual, nem informações no rótulo.  Quer saber? Todo mundo tem lá seus “defeitos”. Mas, nessas horas, não existe nenhuma garantia que vai dar certo. No máximo, uma terapia ou um bom ombro amigo para se reajustar.

Agora, minha pergunta: porque andamos, assim, tão exigentes? Será culpa da tecnologia e sua crescente evolução? Será falta de autoconhecimento e amor próprio? Será que, no fundo, temos medo de amar e nos boicotarmos com situações que nunca vão dar em nada? Pode ser um pouco de cada coisa. Outro dia li uma frase interessante: o dilema da mulher moderna é saber, ao certo, o que ela procura. Porque, se ela procurar, vai achar. No entanto, se uma mulher vem sonhando em ter um caso amoroso com um homem, se ela vem pensando nisso algum tempo, na verdade, está plantando uma semente mental que um dia poderá germinar. 

Não vamos colocar a culpa no outro. Se as coisas não estão dando certo, temos grande responsabilidade sobre elas.  Não vamos começar nosso discurso manjado que queremos viver o amor, quando, na verdade, só atraímos problemas, somos instáveis na subjetividade e avessas a responsabilidade. Se isso acontece uma vez ou outra, tudo bem. Não damos sorte no amor, ninguém foge do fracasso amoroso.

Mas se o padrão prevalece, então, está na hora de revermos nossos conceitos. Nós achamos na verdade, o que procuramos. Todavia, encontramos Alguns amores nos trazem infelicidade, angústia e ansiedade, o melhor a fazer é dar uma pausa e pensar a relação de fora. Repensar quem somos. E o que realmente queremos.

Sabemos que ninguém gosta de aceitar suas culpas, muito menos admitir quando faz escolhas erradas. Fugir do amor com medo de sofrer ou com medo de perceber que ter um relacionamento não traz garantia nenhuma de felicidade. Viver o amor nada mais é do que conhecer a si mesmo profundamente e entender quem a gente é. E o que nos faz bem.

Portanto, antes de colocar a culpa da sua vida amorosa no outro. No destino ou em algum karma. Que seja em qualquer lugar fora de você, pense bem. Nós encontramos fora o que na verdade, mora dentro de cada um.

10 de julho de 2014

MOMENTO FILOSÓFICO

O único jeito de amar verdadeiramente uma pessoa é buscando a sinceridade sempre. Buscando o diálogo aberto e franco, com toda a dor que às vezes isso nos causa. Infelizmente, com o passar dos anos o amor tem sido muito mais estratégico do que espontâneo. Nas revistas femininas via-se muito esse tipo de atitude: “se ele fizer isso, faça aquilo”, “provoque dor no outro”, o que foi minando a espontaneidade do amor.

Nós temos que redescobrir a forma de amar, a naturalidade do relacionamento amoroso. As pessoas precisam ter interesse genuíno no outro. Todas as maneiras de amar devem ser naturais. Quem fica estudando demais o outro, “mata” a possibilidade de amar alguém. O mundo é feito de absurdos e encontros, os absurdos fazem parte, porém, devemos entender que é possível ser feliz, acreditando dia a dia na naturalidade dos sentimentos. Quando se ama alguém com o coração, não provoque a sua dor. Amar é consolidar o genuíno encontro entre as almas.

6 de julho de 2014

AMAR PARA COMPREENDER

Para compreender o sentido do amor, é importante gravar a fogo e a ferro bem dentro da alma, esta verdade máxima da vida: “Só se compreende integralmente, o que se ama com entusiasmo e ardor”. É esta a síntese de toda filosofia, se a não compreenderes não compreenderás a alma da vida. Pode uma verdade ser meridianamente clara, se não te for simpática ao coração, irá parecer obscura como as noites frias de inverno.

Pode uma ideia ser absurda e paradoxal como um aborto no hospício, se tiver por aliados o coração e a alma, não faltará quem a proclame como a quintessência da sabedoria. Dizem os filósofos que o "querer" segue ao "entender" com a força da razão, no plano do universo cósmico. A natureza na sua imensa sabedoria, aceita e conhece essas razões.

Mas, na vida prática, a verdade mal entendida só tornará plenamente entendida e de todo compreendida, depois de amada e querida de todo o coração, de toda a alma e com todas as forças do nosso "ser". Todavia, quem ama perdoa, se alguma verdade sobre o amor quiser realmente compreender, importa que ames e viva essa verdade na sua essência. Que abraces com o coração, ao mesmo tempo em que analisas com a inteligência. Só de um grande entusiasmo afetivo nascerá uma grande claridade compreensiva.

Importa que o amor te seja algo querido e íntimo, quase uma parte de si mesmo. Que circule nas artérias de teu espírito. Que lavre nas profundezas de tua alma. Que vibre nas pulsações do teu coração. Que arda na cadência do teu "ser". Só assim, compreenderás cabalmente as grandes verdades da vida. Vivendo, amando, sofrendo essa verdade do amor.

Pode um cego de nascença decorar todas as teorias sobre a luz, pode saber que a luz consiste em vibrações do éter, mas nunca compreenderá bem o que é a luz se a não ver com os seus próprios olhos e viver com a alma. Pode um surdo nato ler a descrição minuciosa de uma sinfonia de Ludwig van Beethoven (1770-1827) ou de uma ópera do maestro Richard Wagner (1813-1883), mas nunca formará ideia do que sejam na realidade essas maravilhas musicais.

Portanto, se queremos viver um relacionamento gostoso, porém verdadeiro, seja no trabalho, no namoro, ou em poucas horas ao lado de alguém especial, devemos aprender a nos aceitar como somos e olhar para o outro, como um caminho para o crescimento. Estar com alguém plenamente é a possibilidade de vencer o medo da entrega e de se conhecer no íntimo. Conviver com alguém que amamos é o mesmo que comprar um imenso espelho da alma, no qual, nos mostra como somos sem piedade. Ao invés de encarar a verdade e de ver a imagem temida do eu verdadeiro, então quebramos o espelho. Fugindo da intimidade, culpando o outro, não assumindo as próprias responsabilidades e desacreditando o "amor". Contudo, viver com quem se ama não é apenas uma oportunidade de conhecer o outro, mas é a maior chance de entrar em contato consigo mesmo. Compreender meu semelhante é mergulhar na "essência da vida". 

4 de julho de 2014

AMIGOS QUE FICAM E AMIGOS QUE VÃO

Começo essa reflexão sobre o que é ser um amigo de verdade, citando o soneto do poeta português Luís Vaz de Camões (1524-1580), onde ele fala de uma forma poética que prevalece através dos tempos. Sua estrutura é simples, porém, a sua construção é difícil pela profundidade do pensamento e pelo sentimento solene de Camões: mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança. Todo mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades, diferente em tudo da esperança. Do mal ficam as mágoas na lembrança e do bem, se algum houve as saudades”.

Entretanto, existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado o nosso caminho. Algumas percorrem ao nosso lado, vendo muitas luas cheias passarem, mas outras apenas vemos entre um passo e outro. A todas elas chamamos de amigo. Há muitos tipos de amigos. Talvez a melhor comparação que faço para ilustrar essa reflexão é usar o exemplo da árvore. Cada folha de uma árvore caracteriza um amigo.

O primeiro que nasce do broto é o amigo pai e a amiga mãe. Mostram o que é viver e que a vida é um dom divino. Depois vem o amigo irmão, com quem dividimos o nosso espaço para que ele floresça como nós. Passamos a conhecer toda família de folhas, aos quais respeitamos e desejamos o bem. Mas, o destino nos apresentam outros amigos, os quais não sabiam que iriam cruzar o nosso caminho. Muitos desses denominados amigos do coração, gostamos de conversar e de saber como estão. Porque são sinceros e verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que e como nos fazer feliz.

Às vezes, um desses amigos do peito dispara o nosso coração e então é chamado de amigo intimo. Esse da brilho aos nossos olhos, põe música em nossos lábios, causa palpitações ao nosso coração e da sentido a nossa existência. Assim como também, há aqueles amigos por um tempo, talvez por umas férias ou mesmo por um dia ou uma hora. Esses costumam colocar muitos sorrisos em nossa face, durante o tempo que estamos por perto.

Por falar em estar por perto, não podemos esquecer-nos dos amigos distantes. Aqueles que ficam nas pontas dos galhos, mas que quando o vento sopra, eles aparecem novamente entre uma folha e outra. O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima, e perdemos algumas de nossas folhas. Algumas nascem no outro verão e outras permanecem por muitas estações. Mas, o que nos deixa mais feliz ainda, é que as folhas que caíram continuam por perto, alimentando nossas raízes com suas alegrias e entusiasmos pela vida.

Hoje guardo na lembrança, momentos maravilhosos de amigos que cruzaram o meu caminho. Desejo a todas as pessoas especiais que passaram pela minha vida, folhas da minha árvore: Paz, Amor, Sabedoria, Serenidade e Saúde para continuarem firme na . Hoje e sempre, simplesmente por que: Cada pessoa que passa em nossa vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada.

Portanto, esta é a maior responsabilidade de nossa vida, é a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso. Porém, antes de os amantes se unirem, podem topar com pedras, sofrimentos no meio do caminho. Dar sentido a vida é fazer até as mínimas coisas com o máximo de amor. Tendo em vista, que dois corpos não ocupa o mesmo lugar no espaço. Um amor não substitui o outro. Assim como a amizade é um amor que nunca morre. Contudo, alguns amigos ficam até o fim ao nosso lado. Enquanto outros se vão para sempre.

AS COISAS SÃO OS NOMES QUE LHE DAMOS

O que é que você está fazendo com a sua solidão? Quando você a lamenta, você está dizendo que gostaria de se livrar dela, que ela é um sofri...